Em meio à greve de jogadores, presidente e vice se afastam no ABC
O presidente eleito do ABC, Judas Tadeu, pediu licença do cargo nesta quinta-feira (26) por 90 dias, sob justificativa de estar com problemas de saúde. O afastamento do mandatário acontece em meio a grave crise política marcada por uma greve dos jogadores que já se estende desde segunda-feira (23).
Além de Judas Tadeu, o então vice-presidente de futebol, Leonardo Arruda, também deixou o clube. O ABC será comandado a partir de agora pelo engenheiro Paulo Tarcísio, vice-presidente mais velho, conforme linha de sucessão prevista no estatuto do clube.
A queda do presidente do ABC acontece na esteira de uma das mais graves crises políticas da história do clube, que já implicou diversas demissões e exonerações e, desde o início da semana, ficou agravada pela greve do elenco.
A maior parte do elenco está com mais de três meses de salários atrasados, além do atraso no pagamento de benefícios como direito de imagem e auxílio-moradia. Os jogadores ameaçam não entrar em campo contra o Londrina, pela 32ª rodada da Série B, no próximo sábado (28). O ABC é lanterna da competição e está praticamente rebaixado.
Ontem, os jogadores se reuniram em assembleia e estiveram perto de aceitar proposta da diretoria, de quitar as dívidas com dinheiro antecipado da Copa do Brasil e da Copa do Nordeste, mas acabaram recuando depois de ver que apenas uma parte do elenco havia recebido os atrasados. Eles decidiram manter a greve.
Segundo informou a assessoria de comunicação do ABC ao UOL Esporte, um grupo de atletas, que pediu para não ser identificado, se reapresentou no clube na tarde desta quinta, conversou com o técnico interino Ranielle Ribeiro e está à disposição para a partida diante do Londrina. Oficialmente, porém, os jogadores continuam em greve e podem cruzar as pernas no próxima sábado.
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