Torcedor do Everton que brigou com filho no colo relata "vergonha" a jornal
O torcedor do Everton que entrou em uma briga com jogadores do Lyon, em uma partida da Liga Europa na quarta-feira (18), disse, neste sábado (21), que está envergonhado pela situação. Ele fez a declaração, sob condição de anonimato, ao tabloide britânico “Sunday People”. “Estou envergonhado pelo que fiz. Eu sei. Eu não sou babaca maldito”, afirmou.
O homem, que estava na arquibancada com o filho no colo durante a vitória da equipe francesa por 2 a 1, agrediu jogadores do time francês após uma dividida entre entre Ashley Williams, capitão do Everton, e o goleiro adversário Anthony Lopes.
Em um lançamento para a grande área, o jogador do clube britânico foi em direção ao corpo do oponente. Após o contato, o arqueiro do Lyon foi ao chão e deslizou em direção à torcida.
Os integrantes do time visitante não gostaram, e uma confusão começou muito perto da arquibancada do Everton. No meio do empurra-empurra, o torcedor com o filho avançou para agredir os jogadores franceses e teria acertado um soco em Anthony Lopes.
“Sei que me coloquei e coloquei o meu filho em perigo ao tirar meus olhos do jogo e seguir os outros torcedores [para a briga]”, disse o homem. “Antes de entender o que estava acontecendo, eu já estava lá como, puta que pariu!, o que está acontecendo? E tudo aconteceu como todos viram [nas imagens do jogo na televisão].”
No relato ao “Sunday people”, o homem, apesar de admitir que errou, criticou os jogadores das duas equipes: “Eles deveriam dar um bom exemplo como atletas profissionais.” E também culpou a organização da partida: “Os portões deveriam estar fechados. O Everton deveria ter providenciado uma segurança adequada [no estádio].”
O clube britânico anunciou, na sexta (20), que o torcedor foi banido dos jogos da equipe e que solicitou investigação policial. No mesmo dia, a Uefa informou que abriria um inquérito para apurar a participação ou omissão do Everton no incidente.
Ao jornal, o homem disse que não foi informado da punição de banimento, mas declarou que não iria recorrer.
Segundo o tabloide, ele ainda se apresentou voluntariamente à polícia para prestar depoimento e foi liberado cerca de meia hora depois.
O torcedor relata que seu maior medo agora é poder perder a guarda do filho. Ele está separado da mãe da criança e disse que a ex-mulher lhe ligou chorando, preocupada com o ocorrido. “Não sei se o serviço social virá me procurar”, concluiu.
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