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Venda irregular de ingressos que envolvem Leila e Mustafá gera investigação

Denúncia sobre a venda irregular de ingressos da Crefisa chegou ao Conselho - Eduardo Ohata/UOL Esporte
Denúncia sobre a venda irregular de ingressos da Crefisa chegou ao Conselho Imagem: Eduardo Ohata/UOL Esporte

José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo (SP)

20/10/2017 21h29

O Conselho Deliberativo do Palmeiras vai abrir investigação após receber uma denúncia de venda irregular de ingressos que eram dados pela Crefisa ao ex-presidente Mustafá Contursi. A informação foi publicada pelo ESPN.com.br e confirmada por Seraphim Del Grande, presidente do conselho palmeirense, ao UOL Esporte.

“Recebemos a denúncia de um conselheiro, sim. Agora vamos ver quem são as pessoas envolvidas e estamos verificando o caso dentro do Conselho”, afirmou o conselheiro, em conversa por telefone.

O caso surpreendeu Leila Pereira, proprietária da Crefisa – a patrocinadora palmeirense – e também conselheira. Por intermédio de sua assessoria de imprensa, a empresária cobrou a apuração dos fatos sobre a venda irregular dos bilhetes.

“Não tinha nenhum tipo de informação sobre essa venda de ingressos, mas, como chegou essa informação, é necessário que o Palmeiras apure tudo com o devido rigor. Nunca soube disso e, assim que soube, fiquei chateada e estarrecida. Entendo que o Palmeiras deve fazer uma apuração rigorosa”, comentou Leila Pereira.

Os ingressos vendidos irregularmente eram dados pela Crefisa ao ex-presidente Mustafá Contursi, que repassava a uma mulher chamada Eliane. Esta pessoa, associada do Palmeiras, direcionava os bilhetes a um terceiro, que vendia os bilhetes na porta do Allianz Parque.

Mustafá, em contato com a reportagem, também comentou o caso e se mostrou tranquilo quanto às denúncias sobre o seu envolvimento indireto. “Davam os ingressos para mim e eu os repassava para várias pessoas. Se tiver uma denúncia sobre mim, irei responder”, disse o ex-presidente.

A Crefisa destinava 70 ingressos de cortesia a Mustafá Contursi. No entanto, segundo apurou a reportagem, parou de repassar as entradas há cerca de dois meses. Eliane deixou de receber os bilhetes e sofreu ameaças de morte de quem os vendia.

Seraphim confirmou ao UOL que a intermediária procurou Paulo Serdan, presidente de honra da Mancha Alviverde e também conselheiro do clube, para denunciar as ameaças.  O caso será apurado no conselho do Palmeiras a partir da próxima semana.