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Fantasma de lesões volta a assombrar Guardiola em momento decisivo

Agüero foi a baixa mais recente do City após acidente de carro - KaWijKo Media/Nickelas Kok/AFP
Agüero foi a baixa mais recente do City após acidente de carro Imagem: KaWijKo Media/Nickelas Kok/AFP

Caio Carrieri

Colaboração para o UOL, em Manchester (Inglaterra)

30/09/2017 04h00

Avaliado em 775 milhões de libras (R$ 3,3 bilhões), o elenco do Manchester City volta a ser assombrado com problemas físicos em meio à tentativa de mostrar o seu valor depois de uma temporada sem títulos. Às vésperas do importante confronto deste sábado (30) com o Chelsea, os atuais campeões do Campeonato Inglês, Josep Guardiola sofreu duas baixas significativas.

O lateral esquerdo Benjamin Mendy, contratado por R$ 210 milhões do Monaco, sensação europeia da última campanha, foi diagnosticado com ruptura no ligamento cruzado anterior do joelho direito, passou por cirurgia e tem retorno previsto apenas para abril de 2018, numa possível semifinal de Liga dos Campeões. Escolhido a dedo por Pep com o objetivo de oferecer mais intensidade e energia ofensiva ao time, o francês desembarcou em Manchester com a missão de rejuvenescer a lateral esquerda, que era do compatriota Gael Clichy, 32 anos, e cujo contrato não foi renovado.

Menos de 48 horas antes do clássico em Stamford Bridge, o maior ídolo da história moderna do City se juntou a Mendy no departamento médico. Sergio Agüero se envolveu em um acidente de carro em Amsterdã (HOL), na quinta-feira de folga, fraturou a costela e deve ficar afastado por até dois meses. Isso significa que o atacante também tem grandes chances de ser desfalque em três dos próximos jogos pela fase de grupos da Liga dos Campeões – Napoli (17/10, em casa, e 1/11, fora) e Feyenoord (21/11, no Etihad) – e teria de encarar o clássico com o Manchester United em 9 de dezembro, em Old Trafford, logo após se recuperar.

O grupo recebe a notícia inesperada sobre Agüero no momento em que o camisa 10 buscava o recorde na artilharia da história do clube. Com 176 gols, o atacante está a uma bola na rede de igualar os números de Eric Brook, que defendeu os cityzens entre as décadas de 20 e 30. Ou seja, a principal referência ofensiva para a torcida alcançaria um feito de quase 80 anos na metade azul de Manchester.

“Os grandes clubes superam essas situações”, enfatizou Guardiola. “Se quisermos nos estabelecer como um clube vencedor, temos de estar preparados para fazer o mesmo”, acrescentou o treinador. “Continuaremos jogando com 11”, ironizou.

O fantasma de lesões não é novidade no Estádio Etihad desde a chegada do técnico catalão, em julho de 2016. Em fevereiro deste ano, Gabriel Jesus fraturou o pé direito a uma semana das oitavas de final da Liga dos Campeões contra o Monaco, e Pep sofreu a primeira eliminação na carreira como treinador antes da semifinal do torneio de clubes de maior prestígio. “Se Gabriel estivesse conosco, talvez o final teria sido diferente”, lamentou o comandante sobre o brasileiro, que se recuperou a tempo de marcar quatro gols nas seis exibições derradeiras da campanha 2016/17.

Sem Agüero, o camisa 9 da seleção brasileira passa ser o principal nome do ataque do Manchester City contra o Chelsea, às 13h30 de Brasília. “Eles não começaram tão bem nesta edição”, avaliou Fernandinho, “Mas nunca é fácil enfrentar o campeão da Premier League na casa deles”. O City ostenta a liderança do Campeonato Inglês, com 16 pontos, e os londrinos ocupam a terceira coloção, 13.