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Fábio supera lesão e concorrência pesada para virar herói do Cruzeiro

Juca Kfouri: Cruzeiro, um pentacampeão impecável

UOL Esporte

Enrico Bruno e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

28/09/2017 08h43

Herói. Não há melhor definição para Fábio nesta edição da Copa do Brasil. As penalidades defendidas na semifinal (de Luan, do Grêmio) e na decisão (de Diego, do Flamengo) e a atuação de destaque na partida de ida da final, no Maracanã, fizeram do camisa 1 o grande nome do Cruzeiro no pentacampeonato da competição.

E a história não poderia ser diferente. Reserva até maio, o arqueiro superou uma cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho direito e a concorrência com Rafael para brilhar na segunda metade do ano.

Em agosto do ano passado, o goleiro rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito e foi submetido a uma cirurgia. Após oito meses sem atuar, foi escalado por Mano durante o Campeonato Mineiro.

" Ano passado foram momentos de muita luta mas de onde tirei muitas lições, mas Deus que determina até o dia que vou continuar jogando e ele que vai justificando dentro de campo. Muitos falaram que eu não ia jogar mais, que não tinha condição de jogar em alto nível, mas quero dizer que não deixem de sonhar porque Deus realiza sonhos ainda e isso que estou vivendo hoje é para você que está me vendo", declarou o goleiro.

A volta foi em 9 de abril, pela 11ª rodada do Estadual. Na ocasião, o time celeste venceu o Democrata, de Governador Valadares, por 2 a 0. O experiente jogador, no entanto, teve que amargar a condição de suplente até 14 de maio, data da primeira rodada do Campeonato Brasileiro, diante do São Paulo. Foram oito jogos no banco do time em que é ídolo.

O momento de Rafael, incontestável durante a ausência do camisa 1, foi preponderante para a manutenção do veterano entre os reservas.

Mas nem isso foi capaz de deter Fábio. A volta ao time na primeira rodada do Brasileirão mostrou quais eram os planos de Mano Menezes para o goleiro.

O restante da história é conhecido. Com apenas dois gols sofridos nos últimos quatro jogos da Copa do Brasil, o camisa 1 ainda defendeu cobranças dos principais atletas de Grêmio e Flamengo. Na semifinal, o veterano impediu que Luan marcasse. Na finalíssima, foi a vez de parar Diego na marca da cal.

"Na hora tem que decidir se vai continuar fazendo o que viu no vídeo ou tem hora que você alterna um canto ou outro porque no vídeo tem três opções, o cara bate na esquerda, direita, no meio, tem que Deus direcionar, e Deus capacitou e proporcionou essa oportunidade para mim outra novamente de ser campeão. Nação azul pode comemorar porque o Cruzeiro é penta", disse Fábio.

As incontestáveis defesas de Fábio o transformaram no herói do título da Copa do Brasil, o primeiro mata-mata conquistado desde a sua volta à Toca da Raposa, em 2005. E até os dirigentes destacam a sua presença:

"Quando acabou o jogo contra o Grêmio, eu abracei o Fábio e falei: "vou falar para os meus netos que trabalhei com o Fábio, o jogador que mais vestiu a camisa do Cruzeiro e multicampeão". Muito feliz. Todos os jogadores em campo, a gente renovou o contrato, subiu da base ou a gente trouxe. A gente está com o sentimento de missão cumprida", afirmou Bruno Vicintin, vice-presidente de futebol do clube.