Arquiteto de estádio do Atlético-MG realiza sonho de 28 anos
O torcedor do Atlético-MG está em êxtase. Na última segunda-feira, o Conselho Deliberativo do clube votou a favor do projeto sobre a construção do novo estádio, previsto para ser entregue em 2020. Além de terem uma casa própria levantada com os próprios recursos, alguns torcedores ainda poderão ter o privilégio de acompanhar de perto e ter participação direta na realização do sonho. Um deles é Bernardo Farkasvölgyi, arquiteto responsável pelo empreendimento.
Quando se formou, no fim da década de 1980, Bernardo já alimentava seu sonho de fazer parte da história do Atlético. Na época, o arquiteto recém-graduado traçou como meta construir o futuro estádio. Conselheiro do clube, ele esteve presente na sede para votar a favor da futura arena e contou como o antigo sonho começou a se tornar realidade no ano de 2013.
"Essa é minha maior realização. 28 anos atrás... Toda pessoa que forma em arquitetura é perguntada sobre o projeto dos sonhos. Um museu, um teatro... Mas eu disse que queria fazer a casa do Galo. É muito emocionante estar aqui hoje, ver o conselho aprovar o projeto e dar sequência para ter nossa casa em 2020", comentou Bernardo, que iniciou o projeto no fim de 2013, quando foi procurado pela diretoria atleticana.
"Quem me fez a solicitação foi a MRV, o Rubens Menin [presidente da empresa], juntamente com o aval do Atlético. Quando esse pedido chegou para mim foi uma emoção muito grande. Iniciar esse trabalho no fim de 2013 e ter o sim do Conselho quatro anos depois foram os primeiros passos. Estamos começando a subir os degraus para assistir aos jogos do Galo em 2020 na nossa casa", acrescentou.
A partir de então, o arquiteto visitou estádios e estudou projetos que o ajudaram a se inspirar na futura casa. "As primeiras coisas que fizemos foram as pesquisas. Visitamos estádios do mundo todo. Alemanha, França, Itália, Espanha. Na América do Sul também, no Brasil eu visitei todos. Peguei o que era bom e ruim para trazer o que tem de melhor para o Atlético. A inspiração é fazer a melhor casa possível, mas que tenha a cara do Galo. As listras foram inspiradas nas faixas que eram colocadas no Mineirão na década de 70 e também nas faixas da nossa camisa maravilhosa", disse.
Com a nova etapa vencida, o projeto do estádio passará por outra votação, agora na Câmara de vereadores de Belo Horizonte. Em seguida, o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam) precisará aprová-lo, assim como as secretarias municipais. Por fim, a Secretaria de Regulação Urbana irá avaliar se o estádio poderá, ou não, receber o alvará de construção. A intenção da diretoria alvinegra é de terminar a parte burocrática até o final deste ano e iniciar as obras já no início de 2018.
"É muita responsabilidade, muito trabalho. Vamos acompanhar essa obra de perto, é uma obrigação nossa, para que fique exatamente da forma como foi planejada. O projeto está muito firme. É uma casa que não tem luxo, mas tem conforto, é uma casa para abrigar o povo", definiu o arquiteto.
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