Seleção muda status após um ano de Tite e movimenta quase R$ 2 bi em janela
Há exatamente um ano, Tite juntava a seleção brasileira no Equador e se preparava para o primeiro duelo à frente da equipe. Diante do treinador, um elenco questionado, em xeque após resultados ruins com Dunga e em sexto lugar nas Eliminatórias. No grupo, atletas tidos como apostas e outros nomes oriundos de mercados menos tradicionais, o que gerava muitas dúvidas.
Doze meses depois, a mudança radical: vaga garantida antecipadamente na Copa do Mundo de 2018, liderança no ranking da Fifa, grupo consolidado e jogadores atuando como protagonistas não só com a camisa amarela, mas também no mercado da bola europeu. Juntos, as transferências envolvendo os comandados de Tite podem somar quase R$ 2 bilhões nas últimas movimentações da janela.
Neymar, a estrela maior, trocou o Barcelona pelo PSG por 222 milhões de euros (R$ 842 milhões). Ederson deixou o Benfica e assumiu o gol do City por 40 milhões de euros (R$ 151 milhões), mesmo valor que o Barcelona pagou para tirar Paulinho do futebol chinês. Já o Fenerbahce desembolsará 7 milhões de euros (R$ 26 milhões) para tirar Giuliano do Zenit.
Some-se a isso as possíveis transferências de Philippe Coutinho, que tem proposta de 160 milhões de euros (R$ 606 milhões) do Barcelona, e Luan, que pode deixar o Grêmio por até R$ 85 milhões – valor pretendido por clube e outros detentores dos direitos do atleta. Um total de R$ 1,861 bilhão.
Ainda que o valor reflita o desempenho dos jogadores em seus clubes, não há dúvidas que a ascensão da seleção neste intervalo de tempo valorizou todos.
“Quando o coletivo vem bem, natural que alguns sobressaiam. Os jogos foram passando, jogamos bem, mostramos que o elenco está bem forte neste momento. Natural que venham outras equipes em cima dos nossos jogadores por tudo que fizemos na seleção”, avaliou o meia Renato Augusto.
O cenário de extrema valorização a um ano da Copa repete o último Mundial. Em 2013, nomes como os próprios Neymar e Paulinho, além de Bernard e Hernanes, movimentaram a janela da época. Um ano depois, o resultado não foi o esperado. Os três últimos, por exemplo, perderam espaço após suas trocas de clubes.
Tal receio, no entanto, parece não assustar Tite. Tranquilo com as movimentações atuais de seus jogadores, ele repete: “o jogador precisa estar feliz. É isso que vai fazer ele ir bem na seleção. Falo sempre que eles precisam jogar nos locais que se sentem bem”, afirmou o comandante.
“A gente repete isso muito aqui: tem de seguir o coração e jogar onde se sentir feliz”, endossou Renato Augusto, mostrando que o discurso do chefe já foi bem compreendido dentro da seleção.
O time, agora vencedor, líder das Eliminatórias e bilionário, reencontra o Equador na quinta-feira, às 21h45, na Arena do Grêmio.
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