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Cinco razões para entender a iminente saída de Bolaños do Grêmio

Miller Bolaños comemora gol do Grêmio contra o Deportes Iquique na Libertadores - Jefferson Bernardes/AFP
Miller Bolaños comemora gol do Grêmio contra o Deportes Iquique na Libertadores Imagem: Jefferson Bernardes/AFP

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

29/08/2017 04h00

Miller Bolaños não quer seguir em Porto Alegre, já comunicou ao Grêmio e espera uma definição do caso. O clube gaúcho confirma que analisa a situação e não descarta até mesmo um empréstimo. A saída iminente do equatoriano é resultado de uma equação que junta comportamento, lesão e a condição de reserva.

O UOL Esporte lista os cinco motivos que ajudam a entender como o reforço mais caro do clube gaúcho nos últimos anos deve sair antes do previsto e de maneira diferente do imaginado.

Extracampo ruim

Miller Bolaños comemora gol marcado pelo Grêmio diante do Veranópolis pelas quartas de final do Campeonato Gaúcho 2017 - Lucas Uebel/Grêmio FBPA - Lucas Uebel/Grêmio FBPA
Imagem: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Depois de voltar a jogar, no segundo semestre do ano passado, Bolaños se adaptou e familiarizou com a rotina em Porto Alegre. E no começo deste ano apresentou problemas extracampo administrados pelo Grêmio.

Em fevereiro, o jogador chegou atrasado a pelo menos um dos treinamentos e fomentou um descontentamento com a postura no dia a dia. À época, o bom rendimento no campo falou mais alto e relegou o tema para segundo plano. Só que então veio o período de inatividade por conta da lesão muscular na coxa direita.

Lesão

Miller Bolaños comemora gol do Grêmio contra o Juventude, na Arena - Lucas Uebel/Grêmio - Lucas Uebel/Grêmio
Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

O problema muscular deixou Miller afastado dos jogos por dois meses. Afetou o ritmo de jogo, quebrou a série de boas partidas no Gauchão e Libertadores. Tirou a condição de artilheiro do time e deu margem para mais episódios extracampo.

O comportamento durante a recuperação foi questionado internamente. Em mais de uma oportunidade, o clube pediu atitude diferente do jogador em relação ao tratamento. Nas semanas que se seguiram, após a recuperação de lesão na coxa, o equatoriano foi diagnosticado problema no púbis. O quadro clínico deu espaço para novos deslizes.

Reserva

Miller Bolaños durante treino do Grêmio - Lucas Uebel/Divulgação - Lucas Uebel/Divulgação
Imagem: Lucas Uebel/Divulgação

Sem agradar pela postura no dia a dia e com falta de ritmo de jogo, Miller Bolaños foi para reserva de vez. Além da condição pessoal, o camisa 23 assistiu ao time titular viver ótima fase com Luan mais recuado. O jogador, contudo, não se sentiu confortável com o cenário. O equatoriano queria ser mais utilizado.

Boatos

Miller Bolaños comemora gol pelo Grêmio em semifinal do Gauchão - Lucas Uebel/Grêmio - Lucas Uebel/Grêmio
Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Ao mesmo tempo em que perdeu espaço, o meia-atacante passou a ser centro de boatos sobre os motivos para não ser utilizado. O Grêmio se manifestou, em mais de uma oportunidade, rechaçando as teorias. Com ares de lenda urbana, o caso chegou até a família do jogador.

Família

Os familiares de Miller Bolaños defendem que o jogador deixe Porto Alegre. Por conta do comportamento extracampo, pela falta de jogos no Grêmio, mas também pelos boatos. No início do mês, a diretoria autorizou viagem do jogador até o Equador. Lá, ele consultou um médico de sua confiança para ter segunda opinião sobre a lesão no púbis. Também reencontrou a família e tratou da situação no Brasil.

Miller Bolaños foi contratado junto ao Emelec-EQU em fevereiro do ano passado. Com ajuda de um investidor que emprestou recursos e até jatinho particular, o Grêmio fez uma operação complexa para superar a concorrência de times ingleses e fechar o negócio.