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Montillo, Camilo, Sassá... Queda para Fla expõe falha de diretoria do Bota

Camilo, Montillo e Sassá deixaram o Botafogo no meio da temporada e fizeram falta na disputa da Copa do Brasil - Vitor Silva/SSPress/Botafogo
Camilo, Montillo e Sassá deixaram o Botafogo no meio da temporada e fizeram falta na disputa da Copa do Brasil Imagem: Vitor Silva/SSPress/Botafogo

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

25/08/2017 04h00

A eliminação para o Flamengo na semifinal da Copa do Brasil ainda não foi muito bem digerida pela torcida. Mais do que a eliminação, a forma como o Botafogo atuou nos dois jogos gerou insatisfação. Conhecidamente o time de Jair Ventura joga recuado e consegue a maioria dos gols em jogadas de contra-ataque.

Familiarizado com o tipo de jogo da equipe e que tem trazido bons resultados desde o ano passado, ver o adversário ficar com a bola não é um problema. Porém, em 180 minutos diante do Flamengo, o Botafogo acertou o gol em apenas uma oportunidade. No segundo jogo, por exemplo, foram três finalizações, todas para fora.

E foi justamente a falta de poder de fogo que mais causou estranheza. Evidentemente que o Botafogo não é um time que normalmente crie dez chances de gol por jogo, mas diante do Flamengo foi pior. O próprio técnico Jair Ventura admitiu que faltou mais força ofensiva.

E isso pode ser explicado também com a ausência de jogadores que foram negociados ou deixaram o clube enfraquecendo o elenco na disputa da Copa do Brasil, cujo as inscrições se encerraram em abril. Assim, o Botafogo perdeu Montillo, Camilo e Sassá. Outros jogadores chegaram, mas após a data e, portanto, não puderam defender o Alvinegro, casos de Léo Valência, Marcus Vinícius e Brenner.

Com este cenário, o Botafogo foi para o duelo com o que tinha de melhor. O time titular, de fato, é o que vinha tendo grandes apresentações na Libertadores. O problema surgiu quando Pimpão e Carli foram suspensos para o segundo jogo. Marcelo deu conta do recado e fez bem seu papel. Guilherme esteve apagado e ainda fez com que Jair ficasse sem muitas alternativas no banco de reservas.

Gilson e Leandrinho eram as melhores opções e que frequentemente estão em campo. Porém, o banco contava com alguns jogadores que têm poucas oportunidades ou que ainda são muito jovens, casos de Ezequiel e Wenderson.

Ao sair atrás do placar, o Botafogo se viu pressionado em buscar o empate, que garantiria a classificação. As entradas de Vinicius Tanque, Leandrinho e Gilson, porém, não surtiram o efeito esperado. O time titular do Alvinegro não foi o suficiente para superar o elenco do Flamengo. Peças que deixaram o clube fizeram falta e expuseram a falha na montagem do grupo.

"A gente sabia do número de contratações que podia fazer. Claro que a gente gostaria que o Jair tivesse mais opções, eu não conheço nenhum treinador que não peça reforços, que não queira mais jogadores para poder mexer durante o jogo. Gostaria de ter podido atender a esse pedido do Jair, mas infelizmente tem o outro lado do respeito ao controle orçamentário", finalizou o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira.