Afastamento de Felipe Melo minimiza excesso de volantes no Palmeiras ideal
Há 20 dias, Felipe Melo era afastado do Palmeiras. O volante desrespeitou a hierarquia ao bater de frente com Cuca no vestiário do jogo contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil, e passou a treinar sozinho. A medida também ajuda o treinador em outro problema que enfrentará daqui para frente: o excesso de volantes.
Dois fatores são fundamentais para que isso aconteça. O primeiro é que o elenco foi planejado para disputar as três competições até o fim da temporada. Seria necessário rodar os jogadores por conta de eventuais lesões, cansaço e até mesmo suspensão. Eliminado das duas competições de mata-mata, o time só tem mais 18 jogos até dezembro, quando poderia ter até 30.
Além disso, Moisés voltou de lesão antes do programado e já vem se firmando como titular. No treino da última quinta-feira, Cuca já mostrou que pretende escalá-lo como titular ao lado de Guerra, o que faz a equipe ideal do comandante ter apenas um meio-campista marcador de ofício: Thiago Santos.
Além dele, o elenco ainda conta com Tchê Tchê, Bruno Henrique e Arouca, que está voltando de lesão em pouco mais de um mês. O Palmeiras ainda tem Jean, que foi usado diversas vezes no meio-campo, mas consegue compensar o problema atuando na lateral direita. Tchê Tchê também foi testado nessa posição, mas ainda não agradou.
Felipe Melo seria o quarto ou o quinto de uma lista e com salários de mais de R$ 300 mil. Ter o "Pitbull" no banco causaria uma grande turbulência, como o próprio treinador admitiu na entrevista que deu no primeiro jogo após afastar o camisa 30.
Cuca já detectava que poderia ter esse problema desde a sua chegada. Por isso, ensaiou uma equipe com Felipe Melo quase como terceiro defensor. Em algumas ocasiões, escalou o volante como um zagueiro propriamente dito. Tudo para tentar encaixá-lo no sistema tático.
O problema de poucos jogos para rodar o elenco já é assunto entre jogadores e comissão técnica. Em entrevista na quarta-feira, por exemplo, Guerra falou que o resto de ano do Palmeiras não será fácil pelo excesso de jogadores e pelas poucas rodadas que lhe restam até dezembro.
O venezuelano sofre um pouco menos com a concorrência porque seus rivais diretos por posição não agradaram Cuca por enquanto: Hyoran, Raphael Veiga e até mesmo Michel Bastos e Zé Roberto poderiam atuar na posição de criação, mas ficaram para trás na briga.
Na zaga, a lesão de Mina abre espaço para que Juninho tenha mais chances de atuar. Caso contrário, ele seria a quarta opção, atrás do próprio colombiano e de Dracena e Luan, que formam a dupla titular. Pior ainda para Antônio Carlos, que está emprestado até o fim de 2017 e pula da quinta para a quarta opção do técnico. O atleta já viu até a equipe fechar Emerson Santos para 2018.
Enquanto isso, na lateral esquerda, o técnico sofre com a falta de um atleta em que possa confiar. Egídio era o escolhido até a eliminação contra o Barcelona, mas deve ser poupado daqui para frente. Michel será o testado do momento.
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