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Detido por não pagar pensão, ex-jogador Edilson é transferido para presídio

Edilson foi preso na última terça-feira (15), em Salvador - Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Edilson foi preso na última terça-feira (15), em Salvador Imagem: Moacyr Lopes Junior/Folhapress

Guilherme Costa

Do UOL, em São Paulo

17/08/2017 17h32

O ex-jogador Edilson da Silva Ferreira, 45, foi transferido nesta quinta-feira (17) para o Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador (BA). Conhecido como “Capetinha”, o campeão mundial com a seleção brasileira em 2002 está preso desde a última terça-feira (15) por inadimplência no pagamento de pensão alimentícia a um de seus filhos. Ele estava anteriormente na sede da Polinter (Polícia Interestadual), também na capital baiana.

Edilson e outros homens que também haviam sido detidos por problemas relacionados a pensão foram levados ao Centro de Observações Penais. A defesa do ex-jogador já entrou com petição de soltura e diz que falta apenas um comprovante de pagamento dos três últimos meses devidos por ele.

“O advogado, para atrasar e burlar, fez carga do processo só hoje [quinta-feira]. Eu não vou fazer acordo. A estratégia é pagar três meses, o que é praxe”, relatou Eduardo, sobrinho do ex-jogador e responsável pela defesa. O expediente já havia sido usado em 2016, quando Edilson também foi preso por ter deixado de pagar parcelas da pensão alimentícia.

Aquela foi a segunda passagem de Edilson pela prisão por atraso no pagamento de pensão alimentícia. O ex-jogador foi preso em 2014 pelo mesmo motivo, e desde então tem questionado o valor estipulado – dez salários mínimos por mês. A dívida total já chegou a R$ 430 mil.

Neste ano, em mandado expedido em maio, a 2ª Vara da Família, em Brasília (DF), diz que Edilson deixou de cumprir o acordo que havia feito anteriormente e acumulou novo débito. O valor é pouco superior a R$ 25 mil.

Enquanto ainda estava na Polinter, Edilson recebeu também uma notificação do Tribunal Regional do Trabalho. O ex-jogador foi acionado por um músico que trabalhava com a cantora Kátia Guima, cujos shows eram comercializados pela ED10, empresa do Capetinha.

Segundo o TRT, a ED10 contabiliza mais de 20 processos movidos por ex-funcionários e subcontratados. As dívidas trabalhistas, de acordo com o órgão, ultrapassam a marca de R$ 8 milhões – valor que o estafe de Edilson contesta.

“Realmente há ações trabalhistas”, admitiu Eduardo. “Mas a notificação que ele recebeu nesta semana foge dessa demanda. Foi uma audiência de um músico que tenta localizar o Edilson há dois anos, mas o Edilson não era empresário da banda. Ele apenas comercializava os shows”, completou Eduardo.