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Modesto critica atitude de Marinho e presença de repórteres no gramado

Do UOL, em São Paulo

27/07/2017 18h31

O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, falou sobre a polêmica com a arbitragem de Leandro Vuaden na partida entre Santos e Flamengo na Copa do Brasil na última quarta (26). O dirigente criticou a atitude de Marcos Marinho, da CBF, sobre o caso e voltou a reclamar da presença de repórteres próximos ao quarto árbitro nos jogos.

O chefe de arbitragem da CBF, Marcos Marinho, pediu que provas de conversa entre a arbitragem e o repórter Eric Faria da Globo sejam mostradas.

“A questão toda é que não se pode mais deixar as coisas caminhar do jeito que estão. Não é uma questão de se acusar repórter, esse ou aquele. Mas o futebol brasileiro está merecendo mais respeito. Está faltando respeito ao futebol do Brasil. Essa conversa do Marcos Marinho, que o árbitro estava em dúvida e chamou o quarto árbitro: por que não chamou o assistente de fundo que estava ali perto? Por que não perguntou para o bandeira do jogo que estava ali perto"?, questionou o presidente santista em entrevista à ESPN Brasil. 

O lance polêmico foi o pênalti marcado por Vuaden aos 40 minutos do primeiro tempo, em disputa entre Réver e Bruno Henrique na área. Após cerca de um minuto, o juiz consultou o quarto árbitro, Flávio Rodrigues de Souza, e reverteu a marcação da penalidade.

O Santos entrou com um pedido na Confederação Brasileira de Futebol para anular a partida contra o Flamengo, com base na acusação de que Eric Faria interferiu na arbitragem. Além disso, pediu que o jornalista seja descredenciado, além de exigir punição ao trio de arbitragem e proibição de que repórteres fiquem perto do time de árbitros na beira do campo durante os jogos.

Modesto ainda detonou a presença de repórteres no campo próximo ao árbitro. “Ele está lá para trabalhar. Por que ele precisa trabalhar lá naquele local? Qual é a função específica de notícias naquele local?”, disse.

“Há quatro intenções explícitas no ofício. Como esse ofício já vazou, vocês leram o que nós pedimos no ofício. Nós pedimos quatro coisas. (anular a partida, proibir reportagem, punir equipe de arbitragem, descredenciamento do Eric Faria como repórter de campo)”, continuou.

Modesto Roma Jr. ainda destacou que “provas de que houve interferência externa na decisão do árbitro” serão apresentadas. “Só será apresentada no momento, porque é estratégia do nosso pedido de anulação do jogo. A acusação é gravíssima. Mas no momento exato, nós vamos apresentar. Nós não apresentamos o ofício à imprensa – foi à CBF. Nesse momento serão feitas as apresentações devidas de todas as provas”, disse.

Nos Estados Unidos, o presidente do Santos, no entanto, afirmou não ter visto as supostas provas. “Até eu estou curioso (...) Mas vamos ver. Com certeza, todos nós vamos ver”.