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Leila confirma papel de Mustafá em sua entrada no Conselho do Palmeiras

Leila Pereira, dona dos patrocinadores do Palmeiras - Cesar Greco/Fotoarena
Leila Pereira, dona dos patrocinadores do Palmeiras Imagem: Cesar Greco/Fotoarena

Do UOL, em São Paulo (SP)

25/07/2017 22h59

Leila Pereira precisou responder mais uma vez sobre sua polêmica entrada no Conselho do Palmeiras. Nesta terça-feira (25), em entrevista ao programa Bola da Vez, da ESPN Brasil, a dona da Crefisa e da Faculdades das Américas mostrou um certo incômodo com o assunto, mas confirmou o papel de Mustafá Contursi em sua entrada como sócia do clube e, posteriormente, na eleição palmeirense, conforme publicou o UOL Esporte no mês passado.

Perguntada sobre a matéria da coluna De Primeira, Leila primeiro demonstrou irritação com o vazamento dos documentos do processo. "Também sou jornalista, esses documentos são dos autos do processo, só tem acesso as pessoas interessadas e envolvidas no processo. É documento interno. Então, algum conselheiro tirou cópia e mandou para um jornalista para voltar a me atacar", questionou, antes de tentar explicar a situação.

"Não tem segredo nenhum. Mustafá me deu o título de sócia do clube em 1996. O que aconteceu: colocaram na minha ficha uma data que não era essa. O Mustafá, como presidente na época, deu um atestado: 'Conserte a data de associação da Leila'. Simples. O diretor, então, atendeu o Mustafá por ele ser o presidente. O que o estatuto diz? Quem tem legitimidade para fazer isso? É o presidente. Quem era o presidente? Mustafá, que me concedeu o título. O atual (Maurício Galiotte) ratificou. Negócio encerrado, pronto".

No fim do mês passado, a coluna De Primeiramostrou os bastidores da entrada de Leila Pereira no quadro de sócios do Palmeiras. A matéria mostrava que Mustafá Contursi se valeu apenas de sua palavra para permitir que a dona dos patrocinadores alviverdes tivesse condições de entrar no Conselho Deliberativo do Palmeiras.

Presidente na época, o cartola escreveu uma carta dizendo que, em 1996, ela filiou-se ao clube pela primeira vez com ele como testemunha. Até então, os primeiros registros da dona da Crefisa datavam de 2015, tempo insuficiente para uma candidatura ao órgão interno.

A ficha cadastral de Leila ainda mostra a briga travada com Paulo Nobre, que mandou retificar a data de entrada da advogada de 1996 para 2015 com base em um parecer jurídico. Nele, advogados do clube argumentam que só a palavra de Mustafá foi usada como "prova", e que o pedido do ex-presidente foi atendido em dois dias, sem consulta aos arquivos alviverdes. Pouco depois da saída de Nobre, Contursi pediu para que a patrocinadora fosse mantida como sócia desde 1996, sendo atendido por Maurcio Galiotte.

Veja aqui os documentos citados