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Pressionado em meio à crise, Petkovic é demitido do Vitória

Em menos de 3 meses, Pet foi gerente, treinador e diretor do Vitória - Maurícia da Matta/EC Vitória
Em menos de 3 meses, Pet foi gerente, treinador e diretor do Vitória Imagem: Maurícia da Matta/EC Vitória

Roberto Oliveira

Colaboração para o UOL, em Recife

24/07/2017 16h16

Dejan Petkovic não responde mais pelo Vitória. Em meio à grave crise política e esportiva que se instalou no clube, ele foi demitido pelo presidente em exercício, Agenor Gordilho, após reunião na manhã desta segunda-feira (24). 

A passagem de Pet pelo Vitória foi curta, mas intensa. Em pouco menos de três meses no clube, ele foi gerente de futebol, treinador interino e diretor executivo. Nos últimos jogos, com a equipe na vice-lanterna do Brasileirão, seu nome era o principal alvo de críticas dos torcedores no Barradão. 

Em sua última função, o sérvio foi responsável pela contratação de diversos jogadores, a exemplo de Neilton e Carlos Eduardo, e do técnico Alexandre Gallo, demitido na última sexta (21).

Até a manhã desta segunda, o próprio Petkovic comandava a procura por um novo técnico. Os dois nomes que surgiram com mais força foram Vagner Mancini e Paulo César Carpegiani, ambos sondados pelo Vitória para tentar evitar o rebaixamento.

Além das críticas externas, o sérvio também sofria pressão internamente. Segundo relatos de quem vive o dia a dia na Toca do Leão, ele não tinha boa relação com o elenco e vinha acumulando desgastes no clube

No sábado (22) passado, aliás, Pet teve que tratar do tema em entrevista coletiva após a derrota no Barradão para a Chapecoense. Questionado sobre a suposta má relação com o elenco, ele disse que seu trabalho vinha sendo "muito bem feito" e negou qualquer rusga com os jogadores. 

Menos de 48h depois, Petkovic tornou-se mais uma vítima da turbulência que vive o Vitória. Sua saída se soma à do ex-diretor de futebol, Sinval Vieira, à do diretor jurídico, Augusto Vasconcelos, e à "queda" do próprio presidente Ivã de Almeida, que pediu licença de 90 dias após ficar totalmente isolado politicamente no clube.