Problema familiar e possível desvalorização tiraram estrangeiro do Cruzeiro
A confirmação do empréstimo de Kunty Caicedo ao Barcelona de Guayaquil, do Equador, encerrou a passagem de oito meses do zagueiro na Toca da Raposa II. Contratado por 1,5 milhão de dólares (cerca de R$ 5 milhões à época), o atleta deixa o Cruzeiro por dois motivos especiais: o problema de saúde da mãe e as críticas da torcida.
A diretoria cruzeirense acredita que o zagueiro de 25 anos pode recuperar a boa forma durante a volta ao país natal. Nos bastidores, a ideia é que a proximidade com a família auxiliaria o defensor a recuperar moral e confiança em seu futebol.
Carmen Medina, mãe do atleta, sofre de câncer e faz quimioterapia desde o início do ano. Para acompanhar a parente de perto no decorrer do tratamento, o jogador solicitou a transferência por empréstimo de uma temporada (até julho de 2018). O pedido foi prontamente atendido pelo presidente Gilvan de Pinho Tavares:
“Vocês sabem que o Caicedo está passando um tempo difícil na vida dele com a doença da mãe. Não está sendo o mesmo atleta de quando chegou ao Cruzeiro. Mas é de qualidade e de seleção. Está triste, cabisbaixo, querendo ficar perto da mãe, que está com problema de saúde muito grave. A gente permitiu que ele voltasse ao Equador”, revelou o dirigente.
Outro aspecto que foi preponderante para a decisão da diretoria é a crítica por parte da torcida. Como Kunty Caicedo foi alvo de vaias e protestos, a cúpula aposta em um empréstimo para que ele volte valorizado a Belo Horizonte:
“Um empréstimo curto, vai ficar perto da mãe e continuará servindo a seleção dele. Vai disputar a Libertadores para valorizá-lo. Não estamos perdendo nada pelo investimento que fizemos”, disse o mandatário.
Detentor de 50% dos direitos econômicos de Kunty Caicedo, com quem tem contrato até dezembro de 2021, o Cruzeiro não deseja que um ativo sofra desvalorização. A opção pelo empréstimo também se deu por esse motivo.
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