Vitrine, valor fixado e desejo do jogador. O acerto entre Atlético e Inter
Tirar um jogador importante de outro grande clube brasileiro não é fácil. E para o Atlético-MG buscar Valdívia no Internacional, o clube mineiro teve de aceitar uma série de exigências da equipe gaúcha. Direitos econômicos fixados, um ano de empréstimo e uma taxa de vitrine caso o jogador seja negociado no período que estiver na Cidade do Galo.
Esses foram alguns dos pedidos do Internacional, além de um valor que o Atlético teve de pagar pelo empréstimo. Essa quantia girou em torno de R$ 1,5 milhão e envolveu dinheiro e abatimento de dívidas do clube gaúcho com o time mineiro, como a negociação que levou o volante Eduardo Henrique para o Beira-Rio, no ano passado.
De acordo o mandatário do Atlético, Daniel Nepomuceno, o clube mineiro aceitou imediatamente o que foi pedido pela diretoria colorada. “Não teve novela, não teve demora, não teve disputa”, comentou o dirigente alvinegro, que ressaltou o desejo de Valdívia em defender o Atlético como determinante na negociação.
“Já tinha declarado o interesse no jogador e chegou a esfriar a situação. Mas o empresário do Valdívia, o Jair Peixoto, me ligou e pediu para não deixar esfriar, ser mais criativo, pois o desejo do jogador era de vir para o Atlético”.
Enquanto o Atlético finalizava com o Internacional os detalhes da negociação, outros clubes manifestaram interesse no jogador. Porém, o desejo de Valdívia em jogar a Copa Libertadores foi determinante. “É uma peça fundamental nesse elenco, pelas características do jogador, que o torcedor gosta de ver essa vontade dele. Já nos conhecemos, da Libertadores e do Campeonato Brasileiro”, completou o dirigente atleticano.
O empréstimo de Valdívia com o Atlético vai ser de um ano, até maio do ano que vem. Caso o clube mineiro deseje manter o atleta em definitivo, vai ter de pagar o valor acordado em contrato. E essa foi uma das exigências do Inter, que fixou o valor em 15 milhões de euros (cerca de R$ 54 milhões). Caso Valdívia seja vendido enquanto estiver emprestado ao Atlético, que tem a opção de cobrir uma eventual oferta estrangeira, o clube mineiro vai receber uma compensação, chamada de "taxa de vitrine".
Valdívia já foi regularizado pelo Atlético e teve o nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF nesta terça-feira. No entanto, o meia não pode jogar contra o Paraná, nesta quarta-feira, pois já defendeu o Inter na Copa do Brasil, o que inviabiliza sua utilização pelo Galo. Já contra o Palmeiras, no domingo, dia 5, Valdívia tem condições de jogo.
Sem disputa com o Cruzeiro
Antes de o Atlético acertar com Valdívia, quem desejava contar com o jogador era o Cruzeiro. De acordo com apuração do UOL Esporte, não existiu uma disputa entre os clubes mineiros. Antes de procurar o Internacional e o jogador, o clube alvinegro esperou um prazo dado pelos colorados ao Cruzeiro. Como o rival não acertou com Valdívia e nem com o time gaúcho, o Atlético entrou na parada e aceitou as exigências coloradas para contratar o meia.
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