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Em alta e sem traumas, Dedé volta ao palco onde iniciou martírio com lesões

Lesão já virou passado e Vila Belmiro não assusta Dedé em seu retorno ao estádio - Washington Alves/Cruzeiro
Lesão já virou passado e Vila Belmiro não assusta Dedé em seu retorno ao estádio Imagem: Washington Alves/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

26/05/2017 04h00

A partida contra o Santos, às 16h deste domingo, marcará o retorno de Dedé ao estádio onde viveu um dos seus piores dramas na carreira. Na última visita à Vila Belmiro, o zagueiro se machucou gravemente e iniciou uma série de lesões que, entre idas e vindas, o fez ficar mais de dois anos de molho. Hoje titular do Cruzeiro, Dedé relembra o trauma, mas diz encarar com naturalidade o jogo do fim de semana.

Em novembro de 2014, o Cruzeiro visitou o Santos na Vila para decidir uma vaga para a final da Copa do Brasil daquele ano. No fim do jogo, o empate por 3 a 3 foi favorável aos mineiros. Muito antes do apito final, contudo, Dedé saía de campo por causa de uma lesão no joelho direito. Diagnosticado nos dias seguintes, o Mito iniciou sua recuperação, só que o tratamento conservador não surtiu efeito e ele precisou ser operado por duas vezes, voltando aos campos somente em janeiro de 2016, após 12 meses parado.

"Me sinto normal, nem penso na questão de ser na Vila Belmiro ou não. Lá foi onde meu joelho travou, mas a lesão já tinha começado contra o Botafogo, antes do jogo do Santos. Mas eu estou tranquilo, só quero jogar, essa fase de lesão já passou. As lembranças que tenho guardadas são as boas, já superei muita coisa. Agora é pensar no que vai haver na partida, me preparar bastante para enfrentar uma grande equipe como foi em 2014, mas sabendo que podemos fazer um grande jogo lá e, quem sabe, sair com a vitória", comenta o zagueiro.

As consequências da lesão não pararam por aí. Depois de se recuperar, o jogador voltou a se machucar no mês seguinte. Em fevereiro de 2016, o que tirou o zagueiro dos campos novamente foi uma fratura na patela do joelho direito. O prazo inicial de seis semanas se estendeu muito e só terminou após mais de um ano. Para se livrar do novo trauma, Dedé foi submetido a outra cirurgia, mas desta vez nos Estados Unidos e com um dos maiores especialistas do mundo. Só então o jogador voltou a atuar pelo Cruzeiro. De março até aqui, o defensor realizou seis jogos, sendo cinco como titular, e passou a chamar mais atenção pelas boas apresentações com a camisa celeste.

"Eu ando com a fé na minha frente. Penso em Deus, peço discernimento e que me guie para os bons caminhos, que traga pessoas boas na minha vida. E sou bem atendido. Agradeço todos os dias pela minha vida, a força que tenho para superar momentos difíceis e o que conquisto, pela minha família e amigos que tenho. Minha fé está em primeiro lugar na minha vida".