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Qual é o diferencial do volante argentino que conquistou Mano no Cruzeiro?

Retorno ao Cruzeiro durou 45 minutos, mas reforçou importância de Cabral no time titular - Yuri Edmundo/Light Press/Cruzeiro
Retorno ao Cruzeiro durou 45 minutos, mas reforçou importância de Cabral no time titular Imagem: Yuri Edmundo/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

23/05/2017 04h00

Na partida contra o Sport, no último fim de semana, o técnico Mano Menezes deixou clara sua satisfação em ter o volante Ariel Cabral de volta ao time. Recuperado de um trauma pélvico que o deixou de molho por um mês, o jogador foi um dos responsáveis pela evolução da equipe no segundo tempo daquele compromisso. Ao fim da partida, não faltaram elogios ao argentino, que tem a movimentação, posicionamento e saída de bola como diferenciais para encantar seu comandante.

“A volta do Ariel era natural, ele não tinha condição de atuar os 90 minutos e seguramos um pouco, mas é um jogador importante. Ele tem uma característica que somada ao outro volante dá um equilíbrio maior no meio-campo”, comentou Mano.

A fala de Mano confere com a postura do argentino. Desde que entrou em campo, Ariel foi visto orientando o posicionamento dos seus companheiros no sistema defensivo. Em alguns lances, o jogador sequer pegou na bola, mas o encurtamento de espaço na marcação celeste forçou o erro do Sport e as jogadas terminaram sem a conclusão do adversário ou na rápida recuperação de bola.

Em 45 minutos, Cabral ainda teve números animadores em seu retorno. Mesmo jogando um só tempo, ele foi quem mais tocou na bola (54 vezes) e só não foi mais preciso (acertou 88% dos passes) que o companheiro Henrique. Além disso, venceu quatro de cinco disputas de bola e realizou dois desarmes.

Algumas qualidades do volante, no entanto, foram além dos números. A começar pela qualidade na saída de bola. O alto aproveitamento nos passes não se limitou aos toques de lado ou em curta distância, mas também à procura dos homens de frente. Foi assim nos lançamentos para Ábila, Hudson, ou funcionando como elemento surpresa, servindo o atacante Alisson. Apesar de atuar mais pela esquerda, Ariel rodou o meio-campo e auxiliou também o lado oposto, o que contribuiu para a melhora de Hudson, que não fez um bom primeiro tempo.

“Com a entrada do Ariel, ficou clara a importância dele para a equipe. Rodamos mais a bola para os lados como temos de fazer. Aí os outros jogadores cresceram mais. A gente quer isso, que a equipe tenha capacidade de fazer o que fez no segundo tempo”, concluiu o treinador.

Após readquirir o ritmo de jogo para atuar os 90 minutos, o volante deverá retomar sua vaga no meio-campo ao lado de Henrique. Hudson, titular até então, voltará para o banco ou poderá ser improvisado na lateral direita até que Ezequiel deixe o departamento médico.