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Clube de Felipão exige R$ 140 milhões por venda de Paulinho ao Bayern

Paulinho se tornou um dos destaques da seleção com Tite, mas saída da China é difícil - Natacha Pisarenko/AP
Paulinho se tornou um dos destaques da seleção com Tite, mas saída da China é difícil Imagem: Natacha Pisarenko/AP

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

18/05/2017 04h00

O interesse do Bayern de Munique em contar com o volante brasileiro Paulinho se intensificou recentemente e já provocou uma movimentação: na última semana, o empresário dele, Giuliano Bertolucci, viajou para a China a fim de discutir a possibilidade de transferência para a Alemanha - informação divulgada pelo Globoesporte.com e confirmada pelo UOL Esporte. A negociação, entretanto, não deve ser tão simples. 

Ainda que Paulinho tenha interesse em jogar pela terceira vez no futebol europeu, o que já é sabido pelo Guangzhou Evergrande desde o fim de 2016, a equipe chinesa não está disposta a facilitar a negociação. Até o momento, a exigência da equipe dirigida por Luiz Felipe Scolari é pelo pagamento da multa de 45 milhões de dólares (cerca de R$ 140 milhões). 

Aos 28 anos, Paulinho tem um dos maiores salários do futebol chinês, aproximadamente R$ 2 milhões livres de impostos por mês. Renovado na temporada passada, o contrato atual tem longa vigência, o que dificulta a investida do Bayern de Munique: se encerra somente em junho de 2020. 

A preocupação em manter o volante é justificada. Desde a chegada em 2015, Paulinho é, ao lado do ex-cruzeirense Ricardo Goulart, protagonista da equipe que foi campeã chinesa nos últimos dois anos, além de liderar a edição recentemente iniciada. Sem dúvida, para Felipão, trata-se de um atleta indispensável. 

Bem adaptado à China e ao clube, Paulinho ainda assim enxerga com bons olhos a transferência para o Bayern de Munique. Por lá, caso se transferisse, trabalharia com o treinador Carlo Ancelotti, amigo de Tite e que já tentou levar o volante para o Real Madrid em 2013. Teria, ainda, a chance de tentar se destacar de verdade na Europa, o que não ocorreu nas oportunidades na Polônia, Lituânia e sobretudo na Inglaterra, onde defendeu o Tottenham. 

Sob o comando de Tite, Paulinho não apenas recuperou o espaço perdido na seleção brasileira desde a Copa do Mundo de 2014 como se tornou uma das forças da nova equipe. Autor de gol contra a Argentina no fim de 2016, período que coincide com o início da investida do Bayern, ele se destacou ainda mais na convocação seguinte, em março. Anotou três gols contra o Uruguai e contribuiu com assistência na vitória sobre o Paraguai.