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Mattos vê armação do Peñarol contra Palmeiras: "roteiro estava orquestrado"

Do UOL, em São Paulo

29/04/2017 18h54

Depois das cenas de violência que aconteceram no Uruguai, diante do Peñarol, o Palmeiras irá lutar para evitar punições e prejuízos na Conmebol. Segundo o diretor de futebol Alexandre Mattos, o clube brasileiro foi vítima de uma "armação" dos uruguaios, e não tem absoltuamente nenhuma responsabilidade pelo incidente.

"A gente está trabalhando, já no estádio mesmo começamos a trabalhar. Mostramos toda nossa indignação, nosso repúdio ao que estava acontecendo. No estádio começamos a acionar nosso jurídico e tomar providências. Obviamente nossas estratégias, tudo que vamos fazer, temos de manter interno. Até pra não atrapalhar nosso setor jurídico. O que a gente quer é que a verdade apareça. Estão tentando dizer que não sei quem fechou o portão... isso não importa: se não foi o Peñarol, foi quem? A Conmebol? Hoje o Palmeiras tá sofrendo o que muitos outros clubes brasileiros já passaram. Falamos em nome dos clubes brasileiros", afirmou, em entrevista à Fox Sports.

O Palmeiras corre risco de perder mando de jogo na sequência da Libertadores, já que será julgado pela entrada de seguranças em campo e briga entre torcedores na arquibancada. Mattos diz que o alviverde lutará contra a punição, e explica que os seguranças entraram em campo para proteger os jogadores e funcionarios.

"As imagens falam por si só: os que deviam fazer segurança contratada pelo Peñarol estavam tacando pau e pedra no pessoal lá. Nenhum segurança do Palmeiras entrou em campo até começar a pancadaria. Quando começou, os seguranças entraram pra tirar os jogadores de lá. Se a Conmebol, por ventura, achar que erramos no episódio da entrada dos seguranças, me desculpe, mas a segurança das nossas pessoas é mais importante. Entraríamos de novo".

O dirigente alviverde não quis explicar a estratégia de defesa, mas contou que o presidente Mauricio Galliotte está em contato com Federação Paulista e CBF para discutir o caso.

"Nosso presidente vem conversando muito com a Federação Paulista e a CBF também. Estamos buscando os caminhos legais. A Conmebol é assim: ela só comunica, você não tem o direito de se defender pessoalmente. Você precisa acionar as instituições como a CBF, mandar defesa por escrito. Confiamos muito que todo mundo está vendo o que aconteceu. A Conmebol, que parece que tem um presidente competente, parece estar começando a dar as caras nesse episódio".

"Infelizmente o roteiro estava orquestrado, conversamos muito com os jogadores. Infelizmente tivemos esse vandalismo. Eles gostam de dizer que isso é Libertadores. Ouvi isso do presidente do Peñarol. Isso não é Libertadores nada", finalizou o diretor.