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Atlético vence na Justiça e grana da venda do Bernard será usada no Profut

Bernard é a maior venda da história do Atlético-MG: 25 milhões de euros - Marcus Desimoni/UOL
Bernard é a maior venda da história do Atlético-MG: 25 milhões de euros Imagem: Marcus Desimoni/UOL

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

27/04/2017 19h04

O Atlético-MG não entrou em campo nesta quinta-feira, mas foi dia de uma importante vitória para o clube mineiro. A Justiça federal acatou o pedido do departamento jurídico do Atlético e o dinheiro retido referente à venda de Bernard vai ser usado para quitar as parcelas referentes aos primeiros seis anos de Profut.

Isso significa uma economia mensal de mais de R$ 800 mil aos cofres atleticanos. Então campeão da Libertadores, o meia Bernard foi negociado como Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, em agosto de 2013. A maior venda do Atlético até hoje, o jogador foi vendido por 25 milhões de euros (cerca de R$ 75 milhões na época). No entanto, quase todo o dinheiro ficou retido pela Fazenda Nacional, por causa de dívidas do clube mineiro.

Entre agosto de 2013 e dezembro de 2014, o ex-presidente do Atlético, Alexandre Kalil, passou os últimos de seu mandato viajando frequentemente até Brasília, para tentar a liberação do dinheiro. Algo que o clube só conseguiu, e de maneira indireta, quase quatro anos depois.

Os cerca de R$ 60 milhões retidos pela Fazenda Nacional não vão entrar nos cofres do Atlético, mas vão ser usados para abater os primeiros anos de pagamento do Profut. A confirmação foi feita pelo diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha, via Twitter.

Entenda o Profut

O Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro ficou popularmente conhecido como Profut. O principal objetivo do programa é ajudar os clubes brasileiros que possuem grandes dívidas com a União. Quem aderir ao Profut vai ganhar descontos nas multas e juros, mas como contrapartida vai ter de seguir alguns pontos da lei sancionada em agosto de 2015.

Criar um conselho fiscal, gastar no máximo 80% do faturamento com o futebol profissional e restringir o tempo de mandato do presidente, incluindo uma reeleição, são algumas das obrigações dos clubes que entram para o Profut. De acordo com o balanço financeiro divulgado pelo Atlético na semana passada, o clube deve R$ 277 milhões entre tributos e encargos sociais.