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Palmeiras divulga balanço final de 2016 e tem receita de quase R$ 500 mi

Último da gestão Nobre gerou um recorde de receitas na Academia de Futebol - Keiny Andrade/Folhapress
Último da gestão Nobre gerou um recorde de receitas na Academia de Futebol Imagem: Keiny Andrade/Folhapress

José Edgar de Matos e Rodrigo Mattos

Do UOL, em São Paulo (SP)

19/04/2017 14h14

Fora o vitorioso ano na questão esportiva com o primeiro título brasileiro em 22 anos, o Palmeiras encerrou 2016 com um recorde financeiro. Segundo balanço divulgado nesta quarta-feira, o clube de Palestra Itália somou R$ 498 milhões de receitas, maior número da história do clube no período de um ano; no caso, o último da gestão de Paulo Nobre.

Anabolizado pelo crescimento do patrocínio com a Crefisa, as arrecadações com as bilheterias do Allianz Parque e a venda de Gabriel Jesus para o Manchester City, o Palmeiras se tornou o segundo clube do país a se aproximar da casa do meio bilhão em receitas - Flamengo fechou 2016 com R$ 510 milhões de receitas.

Somente de receitas operacionais, o último ano da gestão de Paulo Nobre rendeu R$ 468 milhões às contas do Palmeiras. O ex-presidente, hoje afastado da vida política do clube, ainda receberá nos próximos anos o restante dos empréstimos cedidos ao clube durante os quatro anos de gestão.

Durante o mesmo período de um ano, o atual campeão brasileiro somou um superávit de R$ 89 milhões, segundo a auditoria independente realizada nas contas palestrinas. As despesas totais do clube ultrapassaram os R$ 408 milhões na temporada passada.

Apesar dos números expressivos, a nova diretoria executiva, comandada por Mauricio Galiotte, tem como objetivo diminuir ainda mais as despesas do clube. O novo mandatário prometeu, em entrevista concedida ao UOL Esporte, encerrar a gestão com as dívidas zeradas.

Receitas podem subir ainda mais em 2017

O recorde de receitas em um ano pode crescer ainda mais em 2017. O primeiro ano da presidência de Mauricio Galiotte tem como principal apoiador o grupo Crefisa/FAM, que renovou por cifras acima do mercado o patrocínio com o clube alviverde. Somente de valor fixo, o Palmeiras receberá R$ 80 milhões.

No novo contrato de dois anos, a empresa de Leila Pereira e José Roberto Lamacchia, hoje também conselheiros do clube, prevê um aumento automático do valor fixo e premiações por objetivos alcançados, como títulos do Brasileiro e da Copa Libertadores.

Fora do balanço financeiro, a empresa ainda investe para reforçar o time. Somente neste ano, Fabiano, Miguel Borja, Alejandro Guerra, Dudu (compra de 50% dos direitos econômicos) e recentemente Luan chegaram sob o aporte da patrocinadora, responsável pela compra dos direitos econômicos destes atletas, que, no futuro, podem gerar receitas para o Palmeiras.