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Mesmo sem ritmo, Bruno tem estreia aprovada e segue como titular do Boa

Victor Martins

Do UOL, em Varginha

09/04/2017 04h00

Foram 2.499 dias de intervalo entre o último de Bruno pelo Flamengo e a estreia do goleiro pelo Boa Esporte. Preso por quase sete anos, pelo assassinato de Eliza Samúdio, o jogador só está em liberdade por um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Superior Tribunal Federal (STF). O retorno a uma partida oficial de futebol aconteceu com apenas um mês de treinos na nova equipe.

Bruno foi pouco exigido pelo Uberaba, em partida válida pela primeira rodada do hexagonal final do Módulo 2 do Campeonato Mineiro. No único lance mais decisivo em que o goleiro participou, ele não foi bem. Cometeu um pênalti e foi amarelado. O lance originou o gol de empate da equipe do Triângulo Mineiro.

“Estava longe, difícil avaliar o lance”, minimizou o técnico do Boa Esporte, Julinho Camargo, que garante a sequência do arqueiro na meta da equipe. “Minha relação com o Bruno é ótima, uma relação de treinador e jogador. Ele está trabalhando forte, está trabalhando bem. Teve a oportunidade de voltar a jogar e hoje e vai continuar tendo esse respaldo da minha parte”, disse o treinador do Boa.

Ao ser questionado sobre a escalação de Bruno com apenas um mês de treinos, Julinho Camargo afirmou que o goleiro estava totalmente preparado para voltar a jogador futebol depois de quase sete anos inativo. De acordo com o treinador, falta apenas é ritmo de jogo, alto que apenas com o tempo Bruno vai conseguir recuperar.

“Estava preparado. Se o Bruno não estivesse pronto para jogador, ele não teria jogado. É um jogador que tem potencial para muito mais, mas não foi muito exigido, pois foram poucas bolas no gol”, disse treinador, que garantiu a titularidade de Bruno em função do trabalho, não pelo nome.

“Não vejo rosto, vejo trabalho. E gosto de premiar quem trabalha bem”, completou Julinho Camargo.