Ativo na causa, Montillo vê filho com Down virar xodó no Botafogo
Que Montillo é craque dentro das quatro linhas não há dúvida. O argentino mostra ser grande também fora de campo. Tudo começou há sete anos, quando descobriu que seu segundo filho, Santino, tinha síndrome de Down. Após estudar o assunto e se acostumar com a situação, o camisa 7 do Botafogo passou a ser ativo na causa. Com declarações, conselhos ou até um simples abraço, o apoiador se mostra disposto a ajudar no que puder.
Santino passou por várias cirurgias (quatro na região intestinal e outra no coração) e sessões de terapia ao longo dos sete anos. No Brasil há três meses, ele frequenta o Crimap (Clínica de Reabilitação Intergrada Manuel Arthur Peixoto), na Barra da Tijuca, onde conta com ajuda de profissionais para contribuir com o desenvolvimento da criança. Esposa de Montillo e mãe de Santino e Valentin, primeiro filho do casal, Melina Ianazzo é quem faz tudo acontecer no dia a dia.
“Eu nunca imaginei que viveria uma situação dessas tão de perto. Às vezes, uma palavra sua pode ajudar muita gente. Foi assim comigo. Muita gente me ajudou, escutei muitas pessoas no início. Sei que tem casos muito pior. Meu filho, graças a Deus, tem saúde e está bem. Uma palavra de incentivo pode ajudar uma família. Estamos juntos nessa há sete anos. Foram muitas cirurgias, muitas terapias. Se posso pegar um microfone e falar alguma coisa para ajudar, sempre vou fazer. Já fui em uma palestra para contar da minha experiência”, disse Montillo em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.
Orgulhosos dos filhos, a família não cansa de postar fotos nas redes sociais. Um registro feito por Melina, transformou Santi, como é carinhosamente chamado, em xodó da torcida do Botafogo. Também pudera. Ele aparece com a camisa do Alvinegro no Estádio Nilton Santos pulando e cantando músicas do clube. Na semana seguinte, mãe e filhos foram ao estádio em Santiago acompanhar junto dos botafoguenses a classificação diante do Colo-Colo.
“Minha esposa subiu um vídeo gritando a canção do Botafogo e a torcida gostou. Fico muito feliz que ele possa fazer isso. Ele tem essa possibilidade de vir ao estádio, fazer parte da família Botafogo. E tem também a mensagem que quero passar. Estádio de futebol é local para família. Jogo de uma torcida só não concordo. Gosto de mostrar meu filho no estádio para outros pais levarem também. Não pode ter medo de vir. Estádio é espaço para família. Eles estiveram no estádio também no Chile, contra o Colo-Colo. Ficaram ao lado dos botafoguenses e foi lindo”, completou o argentino.
Montillo não queria ter passado por tanta dificuldade, claro. Mas as tormentas enfrentadas serviram para tirar algumas lições. O professor? Santino.
“Aprendi a ser mais forte com ele. Passamos tantas dificuldades juntos e ele nunca deixou de sorrir. Vejo por tudo o que ele passou e como está atualmente é algo que dá força. Tudo é possível. O Santi é diferente? É. Mas ensinou que devemos ter disposição para enfrentar os problemas e trabalhar duro todos os dias”, encerrou o craque do Botafogo.
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