Problema com Dunga, seleção muda perfil para superar "estilo Libertadores"
Uma das grandes preocupações de Dunga no início das Eliminatórias era o espírito de Libertadores que a briga por uma vaga na Copa do Mundo impõe. Doze jogos depois, a seleção teve a troca no comando e começa a entender melhor o que significa “a alma copeira” dos sul-americanos.
O tema das dificuldades deste tipo de jogo tem sido tema central em discussões entre jogadores, comissão técnica e jornalistas nos dias que antecedem o confronto contra o Uruguai nesta quinta-feira, em Montevidéu.
A mudança de perfil é notada logo na escalação inicial. A começar pelo banco de reservas. Tite tem larga experiência na Libertadores, com direito a título pelo Corinthians. Entre os 11 iniciais, na estreia das Eliminatórias, contra o Chile, apenas Jefferson, Miranda, Oscar e Elias já tinham disputado essa competição. Hoje, na escalação inicial, além de Miranda, Alisson, Paulinho, Renato Augusto e Neymar já tiveram essa experiência.
Até mesmo entre os reservas a chance de disputar uma Libertadores é importante para o grupo, como contou Tite em sua entrevista coletiva. E ele trata de explicar que nada, nem mesmo uma Liga dos Campeões, é igual aos jogos sul-americanos.
“Eu estava falando com Diego, Gil e Dudu no ônibus e falando da característica da Libertadores e que é muito parecido com as Eliminatórias. Porque tem adrenalina alta, competição muito forte e uma mística que envolve os países que é muito parecida. Eles já vivenciaram a Europa, mas isso não se compara a momentos como esses, nem mesmo a Champions. Essa competição tem algo que é muito nossa”, disse o treinador.
Outro agravante que a seleção supera pouco a pouco é o fato de alguns atletas nunca terem disputado uma Eliminatória, especialmente pelo Brasil ter vaga garantida na última Copa do Mundo por ser o anfitrião.
Tendo disputado jogos difíceis contra Chile, Argentina e o próprio Uruguai no confronto de ida, os atletas já sabem as diferenças que enfrentarão ao deixar os gramados da Europa e Ásia para atuarem na América do Sul.
Renato Augusto, por exemplo, já notou logo no reconhecimento do Estádio Centenário que o ambiente vai ser de uma Libertadores.
“É o gramado que a gente já sabe, diferente das Arenas. Eu espero um jogo de Libertadores, que às vezes pode até ficar meio agressivo. A gente precisa estar preparado para todos os tipos de situações no jogo”, explicou o meio-campista.
Outra situação que, por fim, tem sido superada, é a falta de identificação de atletas com o estilo sul-americano. Diversos jogadores tiveram sua formação na Europa e não vivenciaram todo o ambiente, muitas vezes hostil, que a América do Sul proporciona.
Com Tite, o povo se aproximou da seleção e abraça até mesmo aqueles que têm trajetórias pouco conhecidas no futebol sul-americano, como Roberto Firmino e Philippe Coutinho, que saíram cedo para a Europa.
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