Topo

Tomado por matagal, estádio Olímpico ainda dá trabalho ao Grêmio; veja

Jeremias Wenek

Do UOL, em Porto Alegre

01/03/2017 04h00

O estádio Olímpico está desativado, mas segue de pé. E para tentar manter o esqueleto de sua antiga casa, o Grêmio contratou uma equipe de seguranças privados que zelam pela área de 8 hectares encravada no bairro Azenha, em Porto Alegre. Além disso, o clube contratou engenheiros para atualizar laudos estruturais da construção.

As medidas todas compõem o cenário de espera. O Olímpico aguarda, com paredes já no chão e matagal tomando conta de áreas antigas de circulação, a definição do negócio envolvendo a Arena e a OAS.
 
Há uma semana, o Grêmio foi notificado pela prefeitura de Porto Alegre sobre as condições do estádio. A administração pública, em reflexo de um artigo publicado no jornal "Zero Hora", pediu laudos técnicos sobre a estrutura do Olímpico. Os riscos de um desabamento, por exemplo.
 
“A prefeitura questionou o Grêmio sobre os riscos. O Grêmio vai contratar engenheiros para comprovar que não há risco de desabamento algum. O laudo que temos foi feito há dois anos, mas renovaremos esse laudo e o status atual será relatado fielmente”, disse Nestor Hein, diretor jurídico do Grêmio.
 
A compra do direito de superfície da Arena do Grêmio é um tema que se arrasta desde 2013. E ganhou novos entraves a partir do avanço da Operação Lava Jato. Atualmente, o Grêmio aguarda definição da OAS junto aos credores para retomar as tratativas.
 
“O estádio Olímpico foi preparado para ser entregue quando da mudança para Arena. Mas não conseguimos entregar porque a OAS não consegue liberar a Arena. A demolição exige mais de três mil caminhões para retirada dos entulhos. Essa demolição tem custo enorme, não é obrigação do Grêmio. Mas como é propriedade do Grêmio, o clube tem cinco pessoas lá fazendo vigilância”, confirma Hein.
 
Justamente por conta da segurança, os portões de acesso ficam fechados 24h por dia. Sete dias por semana. Sem possibilidade do torcedor ou de curiosos ingressarem lá. Segundo o "Zero Hora", o estádio foi alvo de saques especialmente à noite. O Grêmio assegura que mantém a equipe de ronda.