Como Carille repete estratégia de Tite no início de trabalho no Corinthians
Fábio Carille esteve ao lado de Tite nas duas últimas passagens do treinador da seleção brasileira pelo Corinthians. O período transformou o técnico em uma espécie de mentor para o ex-auxiliar e agora comandante do time alvinegro.
Os traços de Tite foram observados já nos primeiros dois testes do Corinthians na temporada, na Florida Cup, contra Vasco e São Paulo. Nos duelos disputados nos Estados Unidos, Carille repetiu a estratégia da equipe campeã brasileira em 2015.
No esquema 4-1-4-1, o Corinthians 2017 buscou resgatar a identidade perdida desde a saída de Tite, em junho do ano passado, mesmo após o desmanche do time campeão brasileiro nos primeiros meses de 2016.
"Eu nunca escondi isso. É uma linha de trabalho que eu acredito e que deu certo. Vou dar continuidade a isso", disse Carille após a vitória por 4 a 1 sobre o Vasco, quando o treinador testou dois times distintos.
Após as saídas de Malcom, Renato Augusto e Jadson, Tite reconstruiu o Corinthians sob a mesma forma. Nas vagas do trio, ele escalou Lucca, Rodriguinho (ou Guilherme) e Giovanni Augusto, respectivamente. Com Cristóvão Borges e Oswaldo, o time alvinegro deixou de lado essas características ao atuar no esquema 4-2-3-1.
Veja como o Corinthians 2017 busca a identidade de 2015/2016
Compactação
No primeiro jogo da temporada, o Corinthians de Carille conseguiu, em certos momentos da partida, aproximar as duas linhas de quatro jogadores, com um volante à frente da zaga (Gabriel atuou nessa posição). No meio-campo, o treinador escalou Romero à direita, Camacho e Rodriguinho por dentro e Marlone no lado esquerdo.
No Campeonato Brasileiro 2015, durante a vitória por 3 a 0 sobre o Vasco, um Corinthians mais organizado atuou com extrema compactação. Bruno Henrique (no lugar de Ralf) era o único volante. Depois, a formação clássica de Tite, com Jadson pela direita, Elias e Renato Augusto pelo centro e Malcom à esquerda.
Força na chegada ao ataque
Outro ponto observado no primeiro jogo do Corinthians na Florida Cup está ligado ao modo como o time de Carille saiu do campo de defesa para o ataque. Em alguns momentos, os quatro jogadores da segunda linha avançaram juntos, pressionando o Vasco.
Marquinhos Gabriel, Guilherme, Cristian e Giovanni Augusto compuseram o meio-campo ofensivo na etapa final do duelo. Em alguns lances, o quarteto juntou-se a Kazim no ataque, com rápida saída em conjunto.
O Corinthians, no 4-1-4-1 de Tite, atacou o Vasco no jogo do título brasileiro com os quatro jogadores da segunda linha, além de Vagner Love, que ainda tinha Malcom ao seu lado na área. Na Libertadores 2016, diante do Independiente Santa Fe, o técnico da seleção manteve a estratégia, com chegada em bloco na área adversária.
Infiltração
No primeiro tempo da partida contra o Vasco, a estratégia deu certo em duas oportunidades, em lances pelo meio da zaga, com toque e ultrapassagem. Primeiro, Camacho tabelou com Rodriguinho para chegar à frente, como fazia Elias. Marlone, depois, repetiu a dose com Romero. Nos dois casos o Corinthians marcou o gol.
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