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Público baixo, renda alta: como a Chape terá mais de R$ 5 mi com amistoso

Pedro Ivo Almeida, Vinicius Castro e Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

26/01/2017 04h00

O amistoso entre Brasil e Colômbia na noite da última quarta-feira (25) marcou mais uma bonita homenagem às vítimas da tragédia com o voo da Chapecoense. A festa, no entanto, não foi completa. Com baixa adesão do público, a partida beneficente teve um Engenhão com menos de sua capacidade total preenchidas. Apenas 18.695 dos mais de 44 mil lugares estavam ocupados. Ainda assim, os familiares afetados com o acidente verão uma arrecadação satisfatória.

Mesmo com menos de R$ 1 milhão de renda líquida, o montante destinado aos parentes irá superar os R$ 5 milhões. Explica-se: emissoras de TVs, lideradas pela Globo, repassarão parte do que foi arrecadado comercialmente na transmissão para a Chapecoense.

Ícone da cobertura da tragédia desde o momento do acidente, o narrador Galvão Bueno anunciou, no decorrer de Brasil x Colômbia, que os anunciantes da Globo repassarão cerca de R$ 3,8 milhões ao clube de Chapecó.

A ESPN, ainda que em valores reduzidos, fará o mesmo. Outras emissoras internacionais também se comprometeram a transferir parte do arrecadado e podem aumentar o valor.

Meta superada

A CBF ainda explicou que seu valor destinado à Chapecoense subirá. A entidade não contabilizou a arrecadação com o ingresso solidário – doação em forma de ingresso para aqueles que não puderam ir ao Engenhão que seguirá disponível nos próximos dias, através da internet.

Com a ajuda das TVs, solicitada no ofício de liberação de sinais de transmissão, a CBF conseguiu superar a meta estabelecida ao idealizar o amistoso beneficente – R$ 4 milhões.

Nos corredores do Engenhão, após a vitória do Brasil por 1 a 0, diretores da Confederação minimizavam o estádio vazio e celebravam o “bom retorno” do evento.