Henzel relata dificuldade com indenização e diz: só ação coletiva ajudaria
Um dos sobreviventes da tragédia com o avião da Chapecoense no dia 29 de novembro, o jornalista Rafael Henzel relatou as dificuldades para que pessoas ligadas à Lamia e ao governo boliviano indenizem vítimas e familiares dos mortos na tragédia. Segundo Henzel, apenas uma ação coletiva poderia ajudar todos a conseguirem seus direitos.
“A Chapecoense vai buscar o direito de todos nós. Sabemos nossos colegas que se foram, as famílias ficaram...tem a perda e os direitos para seguir a vida. Tenho certeza que a Chape vai ter habilidade para fazer que todos tenham seus direitos. Sexta e sábado a Chapecoense reuniu todo mundo e acredito que só através de uma ação coletiva que pode acontecer alguma coisa”, disse Henzel em entrevista ao Redação Sportv nesta terça (24).
O jornalista ainda contou que a Chapecoense fez uma reunião com familiares e as esposas das 71 vítimas da tragédia na última semana para esclarecer sobre as indenizações e que o clube será o ponto de partida para buscar os direitos junto a Bolívia.
“A Chapecoense fez uma reunião com familiares e esposas colocando a arrecadação para poder cumprir com o que está estabelecido. Tão importante quanto é a Chapecoense buscar frente ao governo boliviano, que vai ser processado, a seguradora a empresa Lamia. Agora em fevereiro tem reunião. A Chape se mostrou ponto de partida da busca de uma indenização”, comentou.
Rafael Henzel também contou que entrou em contato com a comissária de bordo Ximena Suarez Otterburg recentemente. “Há 54 dias, vamos dizer. Tirando médicos e a própria Chapecoense, ninguém me procurou em nenhum momento. Para se ter uma ideia, conversei com a Ximena domingo e ela disse que só começou a ser ajudada depois que veio a publico falar. Nem a empresa e ninguém pagou as despesas do hospital dela”.
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