Neto lembra noites torturantes na Colômbia e diz: sei que volta vai demorar
Recuperando-se fisicamente depois da queda do avião da Lamia com o elenco da Chapecoense em novembro de 2016, o qual matou 71 pessoas, o zagueiro Neto ainda sofre muito ao lembrar da tragédia e do tempo que passou na Colômbia. O jogador pretende voltar aos gramados, mas sabe que não será fácil.
“A minha estadia na Colômbia era uma tortura, porque desde que eu acordei eu não conseguia dormir mais de uma hora, uma hora e meia por dia. Minha cabeça estava dando muitas voltas ao pensar sobre o que tinha acontecido para nós. Naquela época eram alguns momentos muito difíceis na minha vida. Hoje eu sou mais calmo e minha cabeça está mais calma”, disse Neto em entrevista ao jornal Marca.
Mesmo com o grande trauma, o beque pretende voltar ao campo para atuar com a camisa da Chapecoense. A missão é difícil, mas Neto garantiu ter muita paciência para que tudo volte ao normal o quanto antes.
“Todo o tempo tem seu tempo e sei que estou em boas mãos com médicos do clube. O presidente (Plínio) veio à minha casa, me entregou a paciência e me pediu para fazer tudo, tudo que os fisioterapeutas indicam me recuperar em bom estado. Eu sei que vai demorar um monte a volta, mas eu vou”, falou.
“Eu quero recuperar fisicamente e ser como antes. É um pouco difícil porque tudo é tão lento, porque eu tive ferimentos graves no acidente. Eu perdi um monte de músculo, mas meu objetivo é estar bem”, acrescentou.
Neto também relembrou a sensação de estar no vestiário da Arena Condá sem todos os amigos que morreram no acidente do avião da Lamia.
“A primeira coisa que me passava na cabeça quando entrava era lembrar de todos os meus colegas que morreram. Das piadas, conversas que nós fizemos aqui, sem pressa, brincadeiras... Isso foi muito duro, muito difícil no início, mas eu estou enfrentando com toda a seriedade possível, apesar da grande saudade que sinto por todos eles”, destacou.
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