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Carpegiani desmente diretor: "Ronaldinho até com as pernas amarradas"

Filippo Monteforte/AFP
Imagem: Filippo Monteforte/AFP

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL, em Curitiba

19/01/2017 11h31

O técnico do Coritiba, Paulo César Carpegiani, falou em público pela primeira vez sobre a possibilidade da equipe contar com Ronaldinho em 2017. E foi enfático: "até com as pernas amarradas". A declaração conflita com o que disse o CEO do clube, Gilberto Griebler, em entrevista na última terça-feira, de que o técnico teria dito que "Carpegiani não quer um perfil como esse no grupo". Griebler falou o que estaria pensando Carpegiani em entrevista à Rádio Transamérica de Curitiba.

"É a primeira vez que tenho oportunidade de fazer qualquer tipo de declaração, outra pessoas se expressando, mais propriamente nosso diretor expressou uma opinião que era minha, que não é verdade, já liguei pra ele dizendo que ele não tem direito de fazer isso", cravou Carpegiani, "São opiniões pessoais. Eu, daquilo que conheço do Ronaldinho, desde quando era criança, familiares... Ronaldinho foi para um outro patamar, nós temos um carinho todo especial". Carpegiani é gaúcho, assim como Ronaldinho e Assis, seu empresário e irmão.

Tecnicamente, pairam dúvidas sobre as condições de Ronaldinho ser realmente um reforço para o Coxa. Aos 36 anos – fará 37 em março – o meia não atua profissionalmente desde setembro de 2015. "O Ronaldinho com as duas pernas amarradas continuará sendo um grande jogador. Nós particularmente gostaríamos de ter o Ronaldo, mas esse é um problema da direção", amenizou Carpegiani, que ainda lembrou o fato do jogador, então no Barcelona, ter sido escolhido o melhor do Mundo em 2004 e 2005. "O cara que foi duas, três vezes (sic) o melhor do mundo... mesmo que fizermos uma revisão física rápida, por que ninguém desaprende. Então em algum tempo vai incorporar sobre todos os aspectos".

Ainda sobre o conflito de declarações com o diretor do clube, o técnico disse não temer qualquer problema, exceto com o meia na mira do Coritiba. "Só com o próprio Ronaldo, por pensar alguma coisa, pela amizade que temos entre as famílias. Estou dando a opinião para que outras pessoas não tomarem, dizerem que é a minha palavra".