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Polêmicas, arrependimentos e sinceridade: a grande 'estreia' de F. Melo

José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo (SP)

18/01/2017 04h00

Destaque nos primeiros treinamentos desde a chegada à Academia de Futebol, Felipe Melo ratificou o status de estrela deste atual Palmeiras no primeiro encontro com a imprensa, ocorrido na última terça-feira. A entrevista extremamente sincera contou com momentos de polêmica, reflexão e provocação ao novo rival.

Para resumir os mais de 40min da conversa com Felipe Melo, o UOL Esporte separou as dez melhores declarações. A alegria pelo acordo com o Palmeiras, a frustração por não retornar à seleção e o único arrependimento da vida: o camisa 30 palmeirense falou sobre tudo.

Violento? Eu?

Muito se fala de expulsão e de cartões, mas, se não me engano, nos últimos quatro ou cinco anos foram quatro cartões vermelhos. A cada 50 jogos um cartão vermelho? Acredito que para um meio-campista, encarregado de fazer o trabalho sujo, é até pouco. Muita gente me critica por inveja, porque queria ter o Felipe Melo no time...

Do que se arrepende?

Não me arrependo de nada na minha vida. Ah, me arrependo de ter casado aos 18 anos com uma mulher que nunca amei...

Ligado na imprensa

Acho que essa situação foi criada por vocês da imprensa, de que o Felipe Melo é maldoso, expulso todo jogo. Se não me engano, minha média de cartões amarelos é menor que a do Gabriel Jesus no Palmeiras. Se não me engano, eu tomo menos vermelhos do que o Fernandinho da seleção brasileira.

Do outro lado do muro

O único clube que fez uma oferta para mim foi o São Paulo. Não sei se foi oficial, mas conversei com o Marco Aurélio Cunha. A única concorrência que teve foi do São Paulo.

Libertadores vem aí

Na época em que joguei a Libertadores eu era muito jovem [2004, pelo Cruzeiro], era coadjuvante. Hoje eu venho como ator principal

Libertadores parte 2

Se tiver que dar porrada, vou dar porrada. Se tiver que jogar no Uruguai e dar tapa na cara de uruguaio, eu vou dar

Alô, Tite?

Hoje, a minha seleção brasileira é o Palmeiras. Fiquei muito tempo obcecado em voltar à seleção, e creio que fui injustiçado. Tive bons momentos, fui eleito o melhor centro-campista da Itália três vezes. Com perdão da palavra: faltou um treinador de culhão para me levar de volta. Meus números falam por si: só uma derrota em 22 jogos; ganhamos Copa das Confederações, batemos na Argentina e no Uruguai na casa deles... 

Who let the dogs out?

Não conheço o outro jogador [Fellipe Bastos], mas o pitbull de verdade está aqui

Legado da Europa

Profissionalmente, aprendi a jogar taticamente. A gente vê muitos grandes jogadores saindo do Brasil, que não dão certo na Europa, porque lá não se joga só com qualidade. É mais fácil um robozinho jogar lá do que um jogador com muita qualidade que não marca

‘Alviverde loco’

É difícil acreditar que o Flamengo tem um vice-presidente de marketing que possa soltar piada no Twitter para fazer o torcedor acreditar que o jogador é, como ele colocou, uma p*ta. Ele como vice-presidente de marketing é um ótimo piadista. Até vejo os vídeos dele no Youtube e dou risada, mas como dirigente, não. Eu sou flamenguista, mas hoje sou palmeirense