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Odebrecht aceita convite e terá reunião com Ferj e Governo por Maracanã

Maracanã apresenta diversos problemas, como falta de cadeiras nas arquibancadas (foto) - Reprodução
Maracanã apresenta diversos problemas, como falta de cadeiras nas arquibancadas (foto) Imagem: Reprodução

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

18/01/2017 16h47

A Concessionária que administra o Maracanã respondeu de maneira positiva ao ofício da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) solicitando uma reunião que permita viabilizar o uso pontual do estádio nos jogos decisivos do Campeonato Carioca.

Em carta, a Odebrecht, através do presidente do Consórcio, Mauro Danzé, informou à Ferj estar à disposição e aberta ao diálogo, solicitando apenas a inclusão de representantes da Casa Civil do Governo do Rio no encontro. 

A participação do Governo Estadual já era um desejo do presidente da Ferj, Rubens Lopes, que comemorou o contato. “A resposta da Odebrecht nos faz entender que é possível o entendimento para a realização da vistoria no Maracanã com objetivo de utilizá-lo durante o Campeonato Carioca, devolvendo ao torcedor esse patrimônio e cuidando até que seja decidido o futuro concessionário. Buscamos agora o contato com o governador Luiz Fernando Pezão, já sensível à causa”, disse.

Na última semana, em um primeiro movimento para ter o Maracanã, Lopes esteve com representantes das empresas (engenharia, segurança e gramado) que atuam dentro do estádio e foi ao governador do Rio, em uma tentativa de entrar no local.

A resposta também foi positiva, mas o fato de o estádio ter voltado às mãos da Odebrecht gerou um impasse.  Em contato com a Concessionária, a surpresa por mais uma resposta positiva.

A ideia da Ferj é entrar no Maracanã e calcular os gastos de uma recuperação inicial do Maracanã para que o estádio tenha condições mínimas de receber jogos do Estadual.

"A partir disso saberemos a real viabilidade. E então vamos conversar com clubes, parceiros e empresas que trabalham lá dentro. Não sabemos se é R$ 200 mil, R$ 500 mil, R$ 1 milhão ou R$ 5 milhões. Temos que ver", explicou o presidente da Ferj, Rubens Lopes.

Diante do impasse entre Odebrecht e o Comitê Rio-2016 após os Jogos Olímpicos, o Maracanã apresenta dezenas de sinais de abandonos. Ao mesmo tempo que não esconde a intenção de devolver o estádio para o Governo do Rio de Janeiro, a Odebrecht culpa a Rio-2016 pelo descuido no local. Segundo a empreiteira, o Comitê não cumpriu as cláusulas de manutenção para devolver o equipamento.