Com rivais em contenção de gastos, Palmeiras destoa em busca por reforços
Com a temporada 2016 finalizada, os quatro grandes de São Paulo já começaram a busca por reforços. Embora todos tenham diferentes alvos no mercado, as realidades são diferentes: São Paulo, Santos e Corinthians trabalham com limites financeiros muito claros, e assistem, de longe, o Palmeiras estudar investimentos pesados em diversos atletas que se destacaram na América do Sul nesta temporada.
No Morumbi, o São Paulo alterou seu estatuto para se adequar ao Profut e refinanciar suas dividas tributarias. Em fase de reestruturação financeira, a diretoria tentou antecipar parte das receitas de TV aberta da Globo, mas a medida foi barrada pelo conselho. Com isso, o clube precisou de empréstimos bancários para arcar com as despesas de final de ano, como 13º e férias dos atletas.
Nesse cenário, a busca por reforços passa por não fazer loucuras - Wellington Nem é o maior nome contratado até agora, por empréstimo. O São Paulo ainda busca trocas, como fez ao ceder Hudson por Neilton, e tem como principal alvo Cicero, do Fluminense.
No Corinthians a situação é mais grave - houve atraso de salários no fim do ano, que atingiu até as a categorias de base. Até agora, as movimentações no mercado foram bem mais modestas, com Luidy, ex-CRB, e Jô.
O Santos já firmou com o zagueiro Cleber, ex-Hamburgo (ALE), o lateral Matheus Ribeiro, ex-Atlético-GO, e o atacante Vladimir Hernandez, ex-Junior Barranquilla (COL). A equipe é a que mais perto do Palmeiras chega no aspecto financeiro, com a diferença que a verba é proveninente de premiações e vendas de jogadores: luvas de R$ 40 milhões do Esporte Interativo e a premiação de R$ 10 milhões da CBF pelo vice-campeonato brasileiro, sem contar a venda de Gabigol.
Atual campeão brasileiro, o Palmeiras vem na contramão dos rivais, com condições de investir alto em reforços - fruto de um ano de receita recorde e potencial ajuda do patrocinador Crefisa.
Em outra realidade, o alviverde mira em Edwin Cardona, do Monterrey-MEX - pessoas ligadas à diretoria garantem que, se for essa a prioridade, o clube tem condições de investir os R$ 40 milhões da multa rescisório. A chegada de Guerra, escolhido melhor jogador da Libertadores, será finalizada nos próximos dias, em uma transação de R$ 10 milhões.
O Palmeiras ainda mira outros nomes de peso como os centroavantes Borja, do Atlético Nacional (COL), Lucas Pratto, do Atlético-MG, e Gustavo Scarpa, do Fluminense, que custariam bem mais do que seus rivais tem se mostrado dispostos a gastar com reforços.
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