Cruzeiro dribla baixa verba e usa criatividade no mercado da bola
A recessão faz com que o Cruzeiro se adéque à nova realidade econômica. A diretoria reduziu os gastos em contratações e tem utilizado atletas que estão fora dos planos de Mano Menezes para anunciar reforços.
A primeira troca foi feita com o São Paulo e acarretou na chegada de Hudson à Toca da Raposa II. Como o treinador cruzeirense sempre admirou o futebol do meio-campista, os mineiros foram atrás do time do Morumbi a fim de buscar um acerto.
Os dirigentes celestes tentaram utilizar algumas de suas peças na negociação. A intenção era que o acordo fosse definitivo e incluísse a permanência do lateral esquerdo Eugenio Mena na cidade paulistana. No fim das contas, porém, a transferência ocorreu por empréstimo e envolveu a ida de Neilton.
O mesmo acontece em uma conversa entre Cruzeiro e Palmeiras. Fabiano defendeu o campeão brasileiro por empréstimo em 2016, situação idêntica à de Robinho na equipe de Belo Horizonte.
Ao fim da temporada, ambos optaram pela permanência dos jogadores. Havia duas opções: desembolsar os 3,5 milhões de euros (R$ 11,9 milhões) estabelecidos em cláusulas contratuais ou tentar uma troca entre os jogadores que têm valores semelhantes.
Até nos reforços para as categorias de base o clube tem seguido esta linha. Gabriel Xavier foi cedido ao Vitória. Em troca, os baianos liberaram o atacante Nickson, de 19 anos, para a equipe sub-20 da Raposa.
"Felizmente, tínhamos peças no elenco que outros clubes precisavam. Elas estão nos ajudando a trazer receitas e servindo de peças de troca. Atletas que seriam úteis, mas seriam mais um, viraram moedas de troca interessantes para nós", declarou o presidente Gilvan de Pinho Tavares nessa sexta-feira (23), em entrevista coletiva.
Embora tenha adotado a política de trocas neste mercado da bola, o Cruzeiro já teve que abrir os cofres para contratar atletas. Uma dupla chegou à Toca da Raposa nestas condições.
Diogo Barbosa e Luis Caicedo foram adquiridos pelo clube após compensações financeiras ao Coimbra-MG (clube ligado ao Banco BMG) e ao Independiente Del Valle, do Equador. Os valores envolvidos na negociação do lateral esquerdo não foram revelados. O zagueiro gringo, por outro lado, custou 1,5 milhão de dólares (R$ 4,9 milhões).
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