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Na Colômbia, Serra diz que não vai levantar hipóteses sobre causa de queda

Nicolás Celaya/Xinhua
Imagem: Nicolás Celaya/Xinhua

Do UOL, em São Paulo

30/11/2016 21h11

O Ministro da Relações Exteriores José Serra afirmou nesta quarta-feira que não quer se antecipar às investigações sobre as causas do acidente que matou 71 pessoas e a maioria da delegação da Chapecoense na Colômbia. Em entrevista coletiva ao lado da chanceler colombiana e do ministro da Cultura Roberto Freire, Serra evitou apontar causas da tragédia.

“A respeito das razões efetivas do acidente, vamos aguardas as investigações”, disse o ministro, tentando se comunicar em espanhol com jornalistas colombianos. “Há várias hipóteses, mas não vamos levantar hipóteses, vamos aguardar que as investigações nos levem o mais perto possível de explicações, porque explicar o que ocorreu é importante pra não que ocorra no futuro. Não me parece correto agora, como autoridade brasileira que sou, antecipar essas razões sem ter segurança.”

Já foram encontradas as caixas pretas do avião da Lamia que levava a delegação do time catarinense a Medellín, onde eles jogariam a final da Copa Sul-Americana. Uma das hipóteses já levantada por especialistas é que o avião tenha apresentado uma pane seca, por falta de combustível. Outra possibilidade é que a aeronave tenha sofrido uma pane elétrica.

A Lamia, empresa boliviana que trabalhava com fretamento, descartou em um primeiro momento que tenha havido falha humana.

José Serra disse que sua prioridade no país é auxiliar familiares e amigos das vítimas e ajudar na agilização dos trâmites para o retorno dos corpos ao Brasil. Ele e Freire estavam em Cuba, onde participaram das cerimônias pela morte de Fidel Castro e logo depois foram à Colômbia.

Serra classificou o desastre como um “conto de fadas com final de grande tragédia”.

“Vim aqui pra tomar conhecimento e trazer solidariedade e agradecimento aos colombianos e eventualmente encaminhar providência. O trabalho está sendo realizado com celeridade. Os colombianos têm ajudado como se fossem perdas da própria Colômbia. Creio que em dois dias o trabalho poderá ser concluído.”