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A pedido de colombianos, famílias de vítimas ficam em SC à espera de corpos

Segundo Walter Feldman (foto), autoridades prometem liberar corpos rapidamente para que o reconhecimento seja feito no Brasil - Bruno Freitas/UOL
Segundo Walter Feldman (foto), autoridades prometem liberar corpos rapidamente para que o reconhecimento seja feito no Brasil Imagem: Bruno Freitas/UOL

Bruno Freitas

Do UOL, em Chapecó (SC)

29/11/2016 19h11

A pedido das autoridades colombianas, os corpos das vítimas do acidente com voo da delegação da Chapecoense nesta terça-feira em Medellín (Colômbia) serão reconhecidos no Brasil. A informação foi divulgada pelo secretário-geral da CBF, Walter Feldman, em Chapecó.

De início, havia a expectativa de que familiares de jogadores, integrantes da comissão técnica e dirigentes fossem de avião à Colômbia para o reconhecimento dos corpos. O voo partiria de Chapecó e faria uma escala em São Paulo para que familiares de jornalistas mortos no acidente também embarcassem.

Embora o avião estivesse à disposição, as autoridades colombianas, em contato com a Embaixada do Brasil no país, pediram para que os familiares não viajassem a Medellín. A promessa é que os corpos serão liberados rapidamente para que o reconhecimento seja feito o mais rápido possível no Brasil.

Presente à Arena Condá, Walter Feldman afirmou que a viagem dos familiares de sobreviventes da delegação foi viabilizada. Parentes de integrantes da delegação chegaram a ir ao estádio da Chapecoense para resolver questões burocráticas da viagem, antes que ela fosse suspensa.

Os próprios presentes a Chapecó, porém, preferiram não viajar, segundo a CBF. As únicas exceções foram sete integrantes do departamento médico do clube (que já viajaram para cuidar de detalhes iniciais do reconhecimento dos corpos), integrantes do departamente jurídico e familiares do lateral esquerdo Dener (que viajarão em voo de carreira pago pela CBF).

"Os médicos da Chapecoense foram para lá em um outro grupo, mais cedo, com informações de arcada dentária, DNA e prontuário das vitimas. Nessa situação, é normal que os médicos possam fazer a identificação. Tudo que puder ser feito para poupar os familiares vai ser feito. Provavelmente as autoridades entenderam que era melhor que eles (familiares) ficassem no Brasil", afirmou Jorge Pagura, médico da CBF.

Ainda não há uma previsão oficial para que os corpos sejam levados a Chapecó. De acordo com Nei Maidana, ex-presidente da Chapecoense e atual vice-presidente da Federação Catarinense de Futebol, o desembarque em SC deve acontecer entre quinta (1) e sexta-feira (2).

A Chapecoense quer realizar um velório coletivo das vítimas do acidente no gramado da Arena Condá. Posteriormente, os corpos serão levados para suas respectivas cidades.

Até as 15h desta terça-feira (horário local, 18h de Brasília), os corpos de 71 vítimas foram resgatados. Seis passageiros sobreviveram.

Colaborou Gustavo Franceschini, do UOL, em São Paulo