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Jailson admite volta ao banco e diz que Prass merece retornar ao seu lugar

Goleiro foi uma das surpresas do Campeonato Brasileiro - Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Goleiro foi uma das surpresas do Campeonato Brasileiro Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Do UOL, em São Paulo

28/11/2016 12h19

Humilde, o goleiro Jaílson disse nesta segunda-feira (28) que aceitará voltar à reserva de Fernando Prass caso o treinador do Palmeiras opte por isso. Em entrevista ao Esporte Interativo, o goleiro titular no segundo turno do Campeonato Brasileiro contou que quer continuar jogando, mas não se incomodaria caso Prass voltasse à sua posição original.

“Ele sabe que ele é um cara batalhador, vencedor, que respeita todo mundo. Eu sou sincero, eu quero jogar. Ele merece voltar para o lugar dele. Se eu tiver que ficar no banco, eu vou ficar no banco, mas se o treinador optar eu vou jogar”, declarou o goleiro.

Jailson foi uma das surpresas do Campeonato Brasileiro. Terceiro reserva no início da competição, o goleiro estreou na última rodada do primeiro turno, após uma pequena crise se instaurar no clube com a lesão de Fernando Prass, que já estava desfalcando o time por participar da preparação da seleção olímpica e se contundiu a ponto de ter que ficar fora dos campos até a reta final da competição.

Wagner foi o primeiro reserva testado para substituir Prass, mas não correspondeu às expectativas da torcida e de Cuca, que apostou em Jailson e não se arrependeu.

Campeão dentro de campo, atuando na maioria dos jogos e sendo substituído na partida contra a Chapecoense em uma forma de homenagear a Fernando Prass, Jailson lembrou do título da Copa do Brasil em 2015 e garantiu: é muito melhor não ter que viver a expectativa da conquista do banco de reservas.

“Ficar fora é pior. Você fica gritando, pulando, fazendo alguma coisa pra ajudar os companheiros”, afirmou, lembrando também que não pode comemorar aquele título com a empolgação dos colegas, pois estava com uma bota ortopédica se recuperando de lesão.

À ESPN Brasil, o goleiro relatou a sensação que teve ao deixar o campo para a entrada de Prass no domingo (27).

"Passou um momento de emoção quando eu vi a placa. Quando eu vi o estádio gritando o meu nome, eu fiquei muito feliz. Pela homenagem, eu fiquei muito feliz por ele também. Eu sou um cara sossegado, vou deixar pro meu empresário. Só quero assinar o papel e pronto", concluiu.

Relação próxima com Gabriel Jesus

Jailson também aproveitou a oportunidade para elogiar ao atacante Gabriel Jesus, artilheiro do clube na competição, com 12 gols até a penúltima rodada, e garantiu que o colega de time jogou com comprometimento total, mesmo já estando vendido e sendo frequentemente convocado à seleção brasileira.

“Não tem nem o que falar, deu para ver nesses jogos que ele jogou. Veio da seleção, descansou um dia. O moleque já vendido, não tirou o pé em nenhuma dividida. Se fosse outra pessoa já estaria com o foco lá fora”, elogiou, para depois recordar: “Eu treinei muito com ele com o Oswaldo na finalização, mas ele merece tudo de bom, não tirou o pé em nenhum momento.”