Lisca Doido? Entenda por que o novo técnico do Inter tem este apelido
Luiz Carlos de Lorenzi é mais conhecido como Lisca. Mas até mesmo em seu apelido já ganhou um sobrenome. Lisca Doido. A alcunha não chega a desagradar o comandante e teve início no Rio Grande do Sul. Foram fatos repetidos que tornaram o novo comandante do Internacional o 'mais louco' dos treinadores.
"O apelido veio do Juventude, que adaptou o grito de 'Papo Doido' para Lisca Doido. Foi pelo momento, a dificuldade, e a entrega que tivemos. Me dediquei muito por pequenas conquistas, o Juventude não tinha série aquele tempo, nem mesmo Série D, a torcida me identificou este prazer, esta identificação, e acabou que se criou isso. E foi no jogo da final contra o Inter, do Gauchão. O Náutico era parecido, fomentei isso, o Náutico sofrendo, tempo sem vencer do Sport, sem finais... Sentimos a necessidade de puxar o processo. E lá no Ceará foi diferente, tinha conquista de Estadual, e eles me jogaram essa responsabilidade, criaram uma música, e quando voltei de um jogo tinha isso. Estádio de 25 mil pessoas cantando Lisca Doido. Mas é doido de apaixonado. Doido de feliz pelo que faz, doido pelo trabalho", contou em entrevista coletiva.
Os fatos vão desde dançar para provocar o rival até 'roubar' a cabeça do mascote de seu clube. Confira momentos que forjaram 'Lisca Doido', novo técnico do Internacional.
Roubou de 'cabeça de mascote' em comemoração
Foi no último jogo da Série B de 2015. Lisca, em arrancada que beirou milagre, conseguiu evitar o rebaixamento do Ceará. Depois de uma partida dramática, a permanência na segunda divisão foi motivo de muita comemoração. Entre idas na torcida, momentos de emoção no campo e muitos cumprimentos a jogadores, o técnico 'Doido' roubou a cabeça do Vozão, mascote do Ceará, para utilizá-la durante a festa.
Festa com espumante no Juventude
No ano em que virou 'Lisca Doido' o treinador comandava o Juventude. Tinha eliminado o Grêmio nos pênaltis no Campeonato Gaúcho e na comemoração escalou o alambrado do estádio Alfredo Jaconi. Fato que repetiria quando assumiu o Náutico anos mais tarde. E já no segundo semestre, depois de levar o time de Caxias do Sul de volta à Série C do Brasileiro, a comemoração teve espumante em meio a entrevista coletiva. Um auxiliar interrompeu sua manifestação junto com os jogadores e a bebida. A festa ocorreu por ali mesmo e acabou com uma bancada da sala de imprensa do estádio quebrada.
Escalada de alambrado e dancinha para provocar rival
Já no Náutico, Lisca manteve sua 'fama de louco'. Depois de quebrar um jejum de 10 anos sem vencer o clássico contra o Sport na Ilha do Retiro, o treinador grudou-se na tela e escalou para vibrar com os torcedores. No mesmo jogo, aproveitou para usar uma dancinha conhecida no nordeste como 'frescando' para provocar o artilheiro rival, Neto Baiano, que durante a semana anterior havia dito que o Sport tinha obrigação de vencer o Náutico.
Camisa, para quê?
Lisca é pouco ortodoxo em comemorações. Além de escalar alambrados e dançar livremente, o treinador costuma vibrar tal qual jogador. Não é estranho ver o comandante arrancar a camisa e jogar para o alto depois de grandes feitos.
Nem todo mundo gosta. E Lisca não foge do debate
Em um momento de futebol politicamente correto e declarações que dizem pouco, Lisca é doido também porque foge do senso comum. Tem desafeto claro com mais de um atleta. Arlindo Maracanã, por exemplo, com quem trabalhou no Ceará disparou contra o comandante após um duelo contra o Sampaio Correa. Chamou-o de safado, sem vergonha entre outras coisa (veja o vídeo). Neto Baiano chegou a dedicar um título do Sport a Lisca, que comandava o Náutico, dizendo que o treinador 'tinha parafusos a menos'. E o 'Doido' não se esconde de responder. A Maracanã disse que 'teve o desprazer de trabalhar com ele'. A baiano disse que 'não o conhecia'.
Gente como a gente
Ao contrário de muitos treinadores, Lisca não se distancia das pessoas comuns, sejam jogadores, funcionários do clube, ou torcedores nem mesmo na hora de se vestir. É comum vê-lo de agasalho do clube, ou camisa e calça jeans, sem grandes marcas, ternos caros e visual diferenciado. Tanto que quando foi assinar com o Inter, caprichou no blazer e na camisa mas não esqueceu da popular mochila.
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