Armado em briga, PM que apanhou de corintianos explica como manteve calma
Policial que aparece nas imagens televisivas apanhando de torcedores do Corinthians no jogo contra o Flamengo, no dia 23 de outubro, no Maracanã, o sargento Anderson Teles concedeu uma entrevista exibida na “Rede Globo” e no "Sportv" na qual disse que em nenhum momento pensou em sacar a arma no confronto. Ele explicou a sua conduta e disse que é treinado para manter o controle emocional mesmo em situações adversas.
“Não (pensei em usar a arma). Nós fazemos o uso proporcional da força, no caso usamos gás lacrimogêneo e o bastão policial militar. E chamamos o reforço via rádio. Ninguém chegou a tocar na minha arma. A calma é fundamental, assim como o controle emocional. Sempre frisamos que a arma é sempre o último recurso”, explicou.
Trabalhando há 15 anos no Grupo Especial de Policiamento de Estádios (GEPE), O PM disse que este foi o pior confronto que vivenciou em estádios de futebol. Assim, acredita que a sua conduta e as dos demais policiais foi adequada ao caso, pois alguns torcedores corintianos estavam tentando invadir um setor de flamenguistas.
“Participei de confrontos, mas como naquela situação, nunca”, disse. “A minha intenção era proteger e orientar os torcedores, quando percebi que eles não estavam acatando nossas ordens, e estavam tentando passar para o lado da torcida do Flamengo, onde só tinham famílias, aí tivemos que agir. Mesmo assim eles partiram para cima de nós”, completou.
Por conta da confusão, 31 torcedores corintianos seguem presos no Rio de Janeiro acusados de crimes de lesão corporal - confirmada por um laudo positivado nos PMs -, dano qualificado, provocar tumulto em locais de jogos, resistência qualificada e associação criminosa. O processo já está no Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos, na Ilha do Governador (RJ), e foi encaminhado com urgência para a promotoria do Ministério Público.
Para a defesa da maioria dos 31 corintianos presos no Rio desde a briga com policiais militares no Maracanã, no último domingo, apenas quatro dos detidos estavam de fato envolvidos na confusão. Os outros teriam sido encarcerados sem provas concretas de suas participações.
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