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Blogueiros lembram histórias e veem Carlos Alberto eternizado no futebol

Análise: Carlos Alberto tem lugar definitivo na história do futebol mundial

UOL Esporte

Do UOL, em São Paulo

25/10/2016 15h34

A morte de Carlos Alberto Torres, aos 72 anos, pegou o mundo do futebol de surpresa nesta terça-feira. Em sua homenagem, os blogueiros do UOL Esporte lembraram histórias de um dos maiores laterais direitos de todos os tempos e exaltaram a liderança do "Capita", eternizado na seleção e no esporte mundial.

Confira o que disseram os blogueiros do UOL Esporte

Juca Kfouri

"O Capita não morreu. O lance está imortalizado na história do futebol. Minutos depois do gol, o troféu mais cobiçado da Terra está erguido ao céu pelas mãos do capitão da Seleção Brasileira, pelas mãos do Capita, pelas mãos de Carlos Alberto Torres".

A morte do Capita: Craque por onde passou e autor de gol antológico

UOL Esporte

PVC

"Carlos Alberto Torres disputou até o final da vida a primazia de ser o maior lateral direito da história. Há quem vote em Djalma Santos ou Leandro, opinião de Telê Santana. Nunca ninguém negará a glória de ter sido o maior capitão do maior time de todos os tempos. A revista inglesa World Soccer elegeu o Brasil de 1970 a melhor equipe da história. Carlos Alberto eternizou o beijo na taça Jules Rimet.

O coração que lhe permitia tudo isto traiu-o neste 25 de outubro de 2016".

Perrone

"Quem jogou mais, Carlos Alberto Torres, morto nesta terça, Cafu ou Daniel Alves? Já ouvi de amigos mais jovens essa pergunta algumas vezes. E sempre respondo assim: 'Torres, sem a mínima dúvida'.

A maioria dos torcedores que ainda não chegou aos 30, 35 anos provavelmente tem dificuldade para medir quanta bola jogou Carlos Alberto. Sem medo de errar, ele foi um dos melhores laterais que jogaram pela direita do mundo".

Alexandre Praetzel

"Carlos Alberto Torres foi o maior lateral da história pela sua qualidade e liderança dentro de campo. Respeitado e reverenciado por companheiros e adversários, como Beckembauer, seu grande amigo do Cosmos, e Cruyff, holandês que o colocou entre os maiores de todos os tempos.

Apoiava e chegava à frente, algo pouco comum no futebol da época. Jogava tanto, que passou para a zaga, com a mesma técnica e competência. Seu gol contra a Itália, na final da Copa de 70, é inesquecível pela conclusão perfeita e brilhante jogada. Naquele Mundial, era o capitão do time e um lance contra o atacante Lee da Inglaterra, marcou sua liderança, exigindo respeito ao selecionado brasileiro.

Como técnico, foi campeão brasileiro com o timaço do Flamengo, em 1983. Sempre se colocou com opiniões fortes e firmes, como comentarista. Merece todo o respeito dos brasileiros. Descanse em paz".

Menon

"Era craque, além do tempo. Atacava muito. Tão técnico que virou quarto zagueiro. E sabia bater. No jogo contra a Inglaterra em 70, deu uma entrada criminosa em Lee, atacante inglês que levava vantagem sobre Everaldo. Torres saiu da direita e foi lá acertar contas com o cara".

Vitor Birner

"O gol diante da Itália, que encerrou a goleada e o torneio no qual foi líder e ergueu a Jules Rimet, talvez seja o mais simbólico do time considerado por muitos inigualável e o melhor do planeta. Carlos Alberto Torres era o capitão escolhido por Pelé, Rivellino, Tostão, Gerson, Jairzinho e cia.

Imagine quantas virtudes eram necessárias para jogadores com tanta qualidade, de personalidade forte, o quererem como liderança".