Fluminense diz que "cumpre a lei como 2013" e vê vídeo como "prova cabal"
Após a suspensão - até o julgamento no pleno do STJD - do resultado do Fla-Flu da última semana, que causou polêmica pela suposta interferência externa no lance que definiu a vitória rubro-negra por 2 a 1, Peter Siemsen, presidente do Fluminense, se posicionou nesta terça-feira (18) a respeito do tema e disse que o clube carioca “cumpre a lei como em 2013”.
“Não pode ser hipócrita, a gente tem que ser sério, tem que ser correto. O Fluminense nada mais que cumpre a lei, como cumpriu em 2013. Em 2013, como foi caso de irregularidade do atleta, foi feita a denúncia pelo procurador, não foi pelo Fluminense. Fluminense só acompanhou”, afirmou ao “FOX Sports”.
Em 2013, a Portuguesa e o Flamengo foram punidos pelo STJD com a perda de quatro pontos, por causa da escalação irregular de jogador (Heverton e André Santos, respectivamente). Com isso, o Fluminense, que havia terminado o torneio na zona de rebaixamento, ganhou duas posições, se livrando da queda e rebaixando o clube paulista.
“O Fluminense está correto. O Fluminense tem que seguir a linha da legalidade, tem que pedir que se cumpra a regra”, continuou Siemsen.
Em entrevista ao SporTV, o dirigente afirmou não ter prazer no pedido de anulação dos jogos e explicou que esta é a pena prevista na legislação à "irregularidade flagrante" na atuação do árbitro Sandro Meira Ricci.
"O Fluminense não tem nenhum prazer em buscar anular jogos, interferir na tabela, pelo contrário. Está apenas seguindo a previsão da legislação existente. Ela não foi escolhida pelo Fluminense, ela é infelizmente a legislação aplicada para interferência externa", declarou Siemsen.
"O vídeo é a prova cabal, principal. A leitura labial é a que determina claramente a intervenção externa do inspetor, que não poderia jamais ter prosseguido daquela forma. Cabe ao Fluminense deixar isso claro. O Flu não quer interferir na caminhada de cada clube no Campeonato. Mas não pode participar de um jogo que teve uma irregularidade flagrante", completou.
O dirigente alegou que não se manifestou apenas em momentos que seu clube foi prejudicado e criticou o modelo administrativo dos clubes brasileiros, o qual chamou de "o mais antiquado do mundo" por utilizar indivíduos eleitos e não remunerados na gestão. Criticou também a falta de união entre os times do país.
"Eu não vejo uma união para construir algo sólido e uma revisão geral para tudo isso. Eu não consigo ver hoje como dar esse salto no futebol brasileiro", opinou. "Botar a mão na massa está faltando ainda."
Siemsen também traçou um paralelo entre o modelo utilizado na Europa e aproveitou para bater na CBF: "o próprio órgão que organiza o campeonato tem que ter a prerrogativa de aplicação das regras. Não é possível que ele transfira essa responsabilidade para um tribunal. Aqui é um modelo muito difícil de lidar."
O Flamengo perdeu os três pontos conquistados contra o Fluminense no duelo da última semana e ficou com 57, sete atrás do líder Palmeiras, que tem um jogo a mais realizado por conta da suspensão do clássico carioca.
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