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Banco, vaias e a porta de saída: 5 craques em crise no começo da temporada

Do UOL, em São Paulo

18/10/2016 06h00

A temporada europeia tem sido cruel com algumas estrelas do futebol mundial que brilharam intensamente nos últimos anos. Seguidas más atuações e brigas com treinadores estão colocando cinco estrelas do futebol mundial em xeque, e a porta de saída pode ser o futuro para esses craques.

Veja, abaixo, quem são os astros em má fase no Velho Continente:

Xabi Alonso: maestro lento?

Uma das potências do futebol europeu nos últimos cinco anos, o Bayern de Munique surpreendeu nas últimas três rodadas com seguidos tropeços. A fase é de adaptação ao trabalho de Carlo Ancelotti, mas a derrota para o Atlético de Madri e os empates contra Colônia e Eintracht Frankfurt ligaram o sinal de alerta. Na visão de jornais como o Bild, parte da culpa é de Xabi Alonso.

Os críticos reclamam que o espanhol não consegue mais acompanhar a velocidade de jogo do time e estaria prejudicado o Bayern com sua lentidão. Argumentam que foi por isso que ele foi substituído no primeiro tempo e cornetaram até o lateral Alaba, que postou uma foto de Alonso em seu Instagram chamando o companheiro de “maestro”: “Está se espelhando na pessoa errada”.

Yaya Touré: ídolo expulso

Ainda que fosse frequentemente acusado de não corresponder às expectativas nas fases decisivas, o marfinense foi o grande jogador do Manchester City nas últimas temporadas. Parte dos dois títulos ingleses recentes da equipe, afinal, entram na conta do volante. Só que neste ano ele sequer entrou em campo.

Tudo se deve à briga entre ele e Pep Guardiola, que já conhece o marfinense dos tempos de Barcelona. Foi a falta de oportunidades com o treinador que levou Touré a Manchester, onde ele viveria os melhores momentos da carreira. Ao chegar no City, o catalão deixou claro que não pretende contar com o volante, que entrou em rota de colisão com o clube e negocia sua saída. O empresário dele já acusou o técnico de tratar jogadores como “cachorros” e o pai de Yaya implorou uma chance ao comandante, que até agora não mudou de opinião.

Schweinsteiger: vetado, mas elegante

Aos 32 anos, com um histórico de lesões graves, Schweinsteiger não consegue mais ser o volante ágil que foi nos últimos dez anos. A última temporada, sua primeira no Manchester United, mostrou o alemão com muita fragilidade e poucos momentos decisivos em campo. Contratado para salvar o clube em crise no pós-Ferguson, José Mourinho não teve piedade e chegou a manda-lo treinar com os juniores.

Schweinsteiger reagiu com elegância. O volante pediu uma chance, disse que quer ajudar o clube e indicou que não trocaria o United por uma outra equipe europeia. Falou ainda que não tem problemas pessoais com Mourinho e recusou-se a falar sobre a própria situação para não criar polêmica e atrapalhar os companheiros.

Buffon: herói precisa de paciência

Um dos maiores goleiros de todos os tempos, Buffon tem muito crédito e não é facilmente ameaçado. Depois de fazer uma boa Eurocopa pela Itália, no entanto, ele não tem mostrado a mesma forma. Nas últimas semanas, ele falhou feio em um jogo contra a Espanha. Dias depois, voltou a vacilar contra a Udinese, desta vez atuando pela Juventus.

Foi uma maneira de lembrar aos fãs que ele tem 38 anos e também pode errar às vezes, mas serviu para que a imprensa começasse a olhar com mais atenção para Neto, o brasileiro que ocupa a reserva da Juventus já um ano e meio. Para evitar qualquer turbulência, companheiros como o zagueiro Bonucci e o técnico Massimiliano Allegri se apressaram e saíram em defesa de Buffon, ressaltando que ele segue em forma e não deve deixar a titularidade tão cedo.

Rooney: capitão em crise

O maior artilheiro da história da seleção inglesa foi vaiado pelos torcedores de seu país na partida contra Malta, pelas Eliminatórias europeias. Prestes a completar 31 anos, Rooney já não consegue ter mais espaço como atacante e tem sofrido com a bola nos pés como meia. A chegada de José Mourinho o colocou de vez no banco de reservas do Manchester United – no clássico contra o Liverpool, na última segunda, ele entrou só a 15 minutos do fim.

Grande ídolo do United, Rooney está cada vez mais distante do jovem precoce que tomou de assalto a seleção inglesa na década passada e seguiu marcando gols impressionantes até três temporadas atrás. Desde a saída de Alex Ferguson, ele caiu de produção e agora já há quem especule, na imprensa europeia, que seu futuro pode estar distante de Manchester.