Ex-Flamengo relata tensão vivida com exército antes de partida na Turquia
Depois da fracassada tentativa de golpe contra o governo do presidente Recep Tayyip Erdogan, em 15 de julho, a Turquia viu aumentar o clima de tensão no país. A situação fez com que o atacante Bruno Mezenga, ex-Flamengo, passasse por momentos de apreensão antes de uma partida do Eskisehirspor, seu time, pela Copa da Turquia.
Durante a viagem para a cidade de Tunceli, palco da partida contra o Dersimspor, que terminou em derrota por 1 a 0, o ônibus da delegação foi parado por membros do exército turco. “O exército entrou no ônibus e o diretor esportivo disse que o time ia jogar na cidade e as autoridades já estavam avisadas. Eles nos desejaram bom jogo e ainda tiraram uma selfie com a gente”, relatou ao UOL Esporte.
A cidade de Tunceli, no sudeste da Turquia, foi palco de um atentado realizado em abril deste ano. Na ocasião, uma bomba explodiu durante a passagem de um comboio militar – três soldados morreram e alguns ficaram feridos. A região convive com combates entre o exército e os simpatizantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), banido do sistema partidário turco por ser considerado uma organização terrorista.
“Tivemos que parar em um posto para esperar o policiamento para podermos entrar na cidade”, relembra Mezenga. “Todo mundo ficou apreensivo, mas não aconteceu nada. A situação de jogar em um lugar com tanques de guerra e policiamento reforçado é uma experiência diferente. Em qualquer momento pode acontecer algum ato de terrorismo”.
As tensões na Turquia que resultaram na tentativa de golpe ao governo em julho aumentaram depois das medidas adotadas pelo presidente Erdogan. Em retaliação ao ataque, o chefe de Estado demitiu, suspendeu ou prendeu dezenas de milhares de juízes, funcionários públicos e professores.
Apesar da situação, Bruno Mezenga afirma que não pensa em deixar a Turquia e voltar ao Brasil. No país eurasiático, o atacante coleciona passagem pelo Orduspor e pelo Akhisar, antes de assinar com o Eskisehirspor, nesta temporada.
“Eu gosto do país, é muito parecido com o Brasil. Pensar em sair daqui é difícil, minha esposa e meus dois filhos estão aqui. Terrorismo acontece no mundo todo, todo mundo está apreensivo”, completou.
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