Mesmo sem atuar, Toure e Schweinsteiger custarão R$ 85 mi aos seus clubes
Yaya Toure, volante do Manchester City, e Bastian Schweinsteiger, volante do United, custarão, somados, 20 milhões de euros (R$ 85 milhões na cotação atual) aos seus clubes até o fim da temporada. E isso sem nem sequer precisarem entrar em campo. Os dois times contrataram técnicos badalados, que entraram em rotas de colisão com os craques.
A desavença mais explícita é de Pep Guardiola, comandante do City, com Toure - ou com o empresário do jogador. Guardiola disse que não escalará o marfinense até que o agente peça desculpas públicas por críticas que fez ao ver o atleta não ser convocado para partida da equipe. Treinador português do United, José Mourinho, por outra, limitou-se a dizer que "será muito difícil para Schweinsteiger voltar a jogar", sem explicar seus motivos.
O alemão tem 32 anos e Toure, 33. A dupla coleciona 37 títulos, entre os quais duas Ligas dos Campeões, uma Copa do Mundo e uma Copa Africana de Nações. Cada um recebe, segundo levantamento do jornal britânico BBC, 200 mil euros por semana. De julho de 2016 a junho de 2017, a soma chegará a 20 milhões de euros.
A publicação fez comparações: com os R$ 85 mi, seria possível construir um estádio (a nova casa do clube britânico Rotherham, inaugurado em 2012, teve este valor) ou pagar a folha salarial anual completa do Watford de 2014-15, time que na temporada referida assegurou acesso à elite do futebol inglês.
Ouvido pela BBC, o especialista em finanças Kevin Roberts, fundador do grupo Sport Business, explica que o movimento é natural, se pensar o futebol como um negócio como outro qualquer. "Os jogadores são como a maquinaria", diz.
"Há um monte de exemplos de companhias que investem pesado em tecnologia e maquinaria que logo se tornam obsoletas ou são superadas por novos avanços. As companhias não têm opção que não seja pagar por outras máquinas e se livrarem das antigas, ou movê-las a algum lugar até decidirem o que delas será feito".
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