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Flu ainda negocia com a Caixa, mas já sabe onde usará o dinheiro

Fluminense/Divulgação
Imagem: Fluminense/Divulgação

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

20/09/2016 18h11

O Fluminense assinou nesta terça-feira um documento que o autoriza a utilizar a marca da Caixa até o fim do ano. O contrato de patrocínio, porém, não foi oficializado. Isso porque o clube e o banco estatal ainda discutem o valor da parceria. Mesmo sem ter definido quanto terá à disposição, o Tricolor já tem definido o destino do dinheiro: o centro de treinamento, em fase final de construção na Barra da Tijuca.

Em negociação, o Fluminense pediu R$ 5 milhões para fechar com a Caixa, que considerou o valor absurdo. Ofereceu R$ 1 milhão, quantia essa que consta no Diário Oficial. Pressionado, o Tricolor faz jogo duro e decidiu não assinar o contrato em reunião na manhã desta terça-feira.

Para assinar ainda em 2016, o Fluminense quer receber R$ 2 milhões – renderia aproximadamente R$ 700 mil por cada um dos três meses restantes. A pedida do clube está baseada no valor que deverá receber em 2017 – R$ 12,5 milhões, mesma quantia de Botafogo, Atlético-MG e Cruzeiro.

“Fluminense e Caixa vem há algum tempo desenvolvendo conversas sobre possível parceria. Sabemos que faltam dois meses para o término do ano de competição, pouco tempo de exibição de marca. Procuramos alternativas, e a Caixa não tem orçamento para o ano que vem. No espírito em que negociamos com demais empresas, com a Caixa, a gente optou por ter uma relação experimental”, disse o presidente Peter Siemsen em coletiva de imprensa.

“É uma fase inicial. Que as partes possam se entender, para que possa ter um projeto em 2017. Vamos trabalhar com um orçamento no CT. É importante conseguir mais recursos para ele. Não tenho dúvida: será o melhor CT do Brasil. É um ponto importante. Já assinamos um encaminhamento. Já há um orçamento. O que vamos apresentar em breve é um detalhamento do que vamos fazer até dezembro. De modo que a gente tenha um valor em 2017 que seja adequado ao que temos de projeto”, completou o presidente do Fluminense.

Fluminense está sem um patrocinador máster desde que o grupo Viton 44 parcelou a dívida com o clube e rescindiu o contrato, em março. Desde então, o Tricolor tem tentado sem sucesso avançar nas negociações. Além da Caixa, o clube mantém conversas Huawei, empresa chinesa do ramo das comunicações.