México mantém Osorio apesar de vexame na Copa América

Ameaçado após a derrota por 7 a 0 sofrida para o Chile nas quartas de final da Copa América Centenário, Juan Carlos Osorio continuará no cargo de técnico da seleção do México. Após a reunião realizada na última quarta-feira, o secretário-geral da seleção mexicana, Guillermo Cantú, confirmou a permanência em entrevista nesta quinta.

"O que aconteceu é muito triste, derrotas assim provocam uma análise profunda. Todos devemos refletir sobre o que aconteceu, temos que construir a partir de nossa realidade. Eliminar tudo seria um erro, então decidimos continuar o projeto", disse.

Porém, segundo o jornal "El Universal", o treinador colombiano recebeu uma imposição da federação mexicana: terá que colocar fim ao rodízio e manter uma base nas próximas partidas. Guillermo Cantú negou. 

"O rodízio é inevitável. Estou convencido que é preciso fazer o rodízio. Estamos convencidos de que podemos jogar de igual para igual com todos os rivais. O fato de confiar em uma pessoa e sua metodologia é porque vimos de perto o trabalho", disse. 

Osorio foi bastante criticado pela imprensa mexicana por mexer no time a cada jogo, principalmente para o duelo contra os chilenos. Em sua passagem pelo São Paulo, em 2015, o treinador enfrentou críticas pelo mesmo motivo: o rodízio do elenco ao longo das rodadas do Campeonato Brasileiro.

O "El Universal" conta que o pedido que partiu da federação mexicana é claro. “Em um torneio oficial, ele (Ososio) deverá ter uma base de pelo menos sete jogadores e a partir disto ele poderá fazer as modificações que considere prudente”, diz o jornal.

Osorio recebeu muitas críticas e pressão para ser demitido. Porém, a decisão de dar uma segunda chance tem como base o bom início de seu trabalho. O México engatou uma sequência de dez vitórias nos dez primeiros jogos com o treinador, incluindo os dois primeiros da Copa América, contra Uruguai e Jamaica.