2 gols e nove anos de jejum. Messi desafia calvário em jogos eliminatórios
Máquina de fazer gols no Barcelona e a apenas um tento de se igualar à Batistuta como maior artilheiro da seleção argentina de todos os tempos, Lionel Messi tem neste sábado, contra a Venezuela pelas quartas de final da Copa América Centenário, a chance de acabar com o seu calvário em partidas eliminatórias pela seleção. O jogo começa às 20h (de Brasília).
Desde que estreou pela seleção argentina principal, em 2005, o jogador só anotou dois gols em mata-matas e vive uma grande seca.
A última vez que ele balançou a rede em uma fase decisiva foi no já longínquo dia 11 de julho de 2007. Fez um dos gols na vitória por 3 a 0 sobre o México na semifinal da Copa América da Venezuela (vídeo acima). Três dias antes, havia feito um contra o Peru no triunfo por 4 a 0 nas quartas de final.
Desde este gol contra o México, Messi entrou em campo 11 vezes em uma partida de mata-mata e não conseguiu anotar. Foram cinco partidas em Copas América e seis em Copas do Mundo.
A última vez que ele disputou uma partida de mata-mata foi na final da Copa América de 2015, quando a Argentina ficou no 0 a 0 com o Chile e perdeu nos pênaltis a oportunidade de colocar fim a um jejum de títulos da seleção principal que dura desde a Copa América de 1993.
Messi tem gol pela seleção olímpica em 2008
Se incluir a seleção olímpica na lista, o tempo do jejum de Messi diminui um pouco, mas não tanto. Em 2008, ele fez parte do grupo campeão dos Jogos Olímpicos de Pequim e anotou um gol em três partidas de mata-matas.
A sua única vítima foi a Holanda, no dia 16 de agosto, em triunfo por 2 a 1 nas quartas de final. Depois, passou em branco contra o Brasil na semifinal e a Nigéria na decisão.
Recorde está bem perto, mas média é pior que a de Batistuta
Se fizer só mais um gol, Messi chegará a 54 pela seleção e igualará Gabriel Batistuta, que defendeu a Argentina entre 1991 e 2002.
Batigol, como era chamado, teve uma média de 0,7 gol/partida. Os 54 tentos foram feitos em 77 jogos. Ele teve ainda mais dois gols em um amistoso contra a Eslováquia em 1995, mas a partida não é reconhecida pela Fifa pois os europeus jogaram com um time B.
Já Messi tem 53 gols em 110 jogos, o que resulta em uma média bem inferior a de Batistuta: 0,48 gol por jogo.
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