Tragédia no trânsito impediu atacante de apresentar jovem promessa ao Flu
Natural de Brasília, Marcos Júnior deu seus primeiros passos no futebol através da escolinha Estrelinha do Sul, no Gama. Após fazer sucesso no Fluminense, o atacante investiu um dinheiro para reabrir a mesma escolinha por onde trilhou. E entre tantas crianças, uma delas se destacava. Trata-se de Manuel Carlos, que encheu os olhos do camisa 35 do Tricolor. Os planos eram grandes para o pupilo: colocá-lo no Tricolor. Uma tragédia, no entanto, atrapalhou os sonhos do heroi da conquista da Primeira Liga e do futuro jogador.
De origem pobre, Manuel Carlos ajudou desde cedo a compor a renda familiar. Catava papelão na rua para vender em seguida. O dinheiro ajudava a colocar comida na mesa de casa. Em uma dessas incursões, a criança de apenas 11 anos não voltou para o seu lar. Ao tentar atravessar a rodovia de alta velocidade foi atropelado por um carro.
"Sempre tive esse sonho de reabrir a escolinha do meu tio e pude fazer isso nas férias passada. Fui lá e vi que tinha um garoto com muito potencial, o Manuel. Fiz um vídeo e mostrei para o meu empresário e pessoal do clube. Ele ainda era novinho e faríamos o teste no Fluminense no próximo ano", lamenta Marcos Júnior.
O atacante do Fluminense se mostra emocionado ao comentar a situação. Marcos Júnior quer dar aos jovens da sua cidade a mesma oportunidade que ele teve. Por conta da tragédia, Manuel Carlos não teve tal chance. Outros terão. E já estão tendo. É o caso de Juan, de oito anos. Morador de Xerém, o jogador do Tricolor viu o garoto desfilar habilidade em uma pelada de rua. Chamou os pais e levou para o clube. Por conta da idade, ele treina apenas aos sábados.
"Sempre que der, quero ajudar. Sei como é difícil e como tem gente boa por aí. O Juan está iniciando e quem sabe não pode ficar. Lá em Brasília também tem muito garoto com qualidade. Tenho falado com meu tio e no fim do ano vou com meu empresário lá para observar melhor", prometeu Marcos Júnior.
Autor do gol do título da Primeira Liga, Marcos Júnior deu seus primeiros passes no futebol através da escolinha dos tios Alexandre e Luis Carlos. “Me chamaram para não ficar em casa. Entrei na escolinha. Gostei de jogar bola e sai de lá com 12 anos para o Fluminense, onde estou desde então”.
“Era terrão. Ainda ficou um ano e meio depois de eu sair, mas meu tio desanimou pois estava difícil financeiramente. Era o sonho dele que eu virasse jogador. Fechou a escolinha e focou em mim. Veio até o Rio, mas aí passei no teste do mirim e passei a morar no clube”, explicou.
Após terminar a temporada como titular, Marcos Júnior agora trava um duelo particular com Osvaldo por vaga no time titular. Mesmo sem começar todas as partidas, o jovem atacante tem feito gols importantes, como o marcado na decisão da semana passada.
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