Expulsão do aliado Ataíde indica eleição apertada para Leco em 2017
A cassação do mandato de conselheiro que expulsou o ex-vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro da vida política do São Paulo indica o teor da corrida presidencial para abril de 2017, segundo analisaram antes e depois aliados dele e do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Para parte significante dos situacionistas, a expulsão de Ataíde, amigo de Leco, representou uma derrota política preocupante - a decisão das expulsões de Guerreiro e do ex-presidente Carlos Miguel Aidar foi tomada na noite de segunda.
O parecer que sugeriu a expulsão de Gil Guerreiro obteve 120 votos favoráveis e apenas 56 contrários. O ex-vice-presidente de futebol atualmente ocupava a diretoria institucional da gestão Leco - pediu demissão imediatamente após a cassação de seu mandato - e teve os votos favoráveis vindos predominantemente daquela que hoje consiste a base aliada situacionista (ouça também a avaliação de PVC e Mauro Beting sobre a expulsão de Ataíde. Clique aqui).
Votaram pela expulsão de Ataíde Gil Guerreiro os aliados de Carlos Miguel Aidar - também expulso - e também conselheiros de diferentes partidos que hoje se colocam como oposição à atual gestão. Tal cenário mostra, na análise de aliados de Leco, que o atual presidente terá que no mínimo fazer novas alianças com partidos que hoje estão na oposição para ter chance de se reeleger em abril de 2017.
Como Leco foi eleito após a renúncia de Aidar, em outubro de 2015, assumiu um mandato já corrente e terá de concorrer à reeleição daqui a um ano. A cassação de Ataíde Gil Guerreiro dará início, agora, ao cenário político para a próxima eleição.
Há outros aliados de Leco, porém, que não analisam dessa forma. Afirmam que a votação expressiva pela expulsão de Ataíde não reflete o cenário político do clube porque Leco não se posicionou formalmente pela absolvição de Gil Guerreiro. Na reunião de segunda-feira Leco se mostrou muito abatido pela cassação do mandato de conselheiro do amigo.
Ataíde Gil Guerreiro recebeu a mesma punição de Aidar, mas por motivos diferentes. O comitê de ética presidido por José Roberto Ópice Blum classificou como "tentativa de homicídio" a agressão do ex-vice de futebol a Aidar no dia 5 de outubro, no Hotel Radisson - na ocasião, Gil Guerreiro relata ter segurado o então presidente pelo pescoço e ameaçado desferir-lhe um soco no rosto, não concretizado. O órgão também repudiou a decisão de Gil Guerreiro de ter divulgado à imprensa a gravação que fez dias antes da briga, na qual Aidar parece propor desviar e repartir a comissão na contratação de um jogador da Portuguesa.
Foi usado contra Ataíde, também, o contrato firmado com o advogado José Roberto Cortez, no qual, segundo Aidar, o ex-vice teria autorizado um comissionamento de 20%. Gil Guerreiro afirma que a contratação do advogado teria comissionamento direcionado a Cinira Maturana, namorada do ex-presidente.
Aidar, denunciado por suspeitas de desvios durante a gestão, teve o parecer pela expulsão aprovado por 142 conselheiros e contrariado por 36.
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